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NÚMEROS ALARMANTES

Com nove mortes em dois anos, madeireiras de MT entram na mira da fiscalização federal em agosto

Embora 2025 ainda não tenha registrado mortes, os acidentes seguem frequentes: até junho, já foram 58 afastamentos relacionados ao trabalho em madeireiras

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Após registrar nove mortes por acidentes de trabalho entre 2022 e 2024 em empresas madeireiras de Mato Grosso — além de mais de 300 afastamentos por acidentes no mesmo período — o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) dará início, em agosto, a uma força-tarefa de fiscalização in loco em centenas de madeireiras do estado.

A ação é coordenada pela Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso (SRTE-MT) e tem como foco o cumprimento da Norma Regulamentadora nº 12 (NR-12), que trata da segurança em máquinas e equipamentos. O prazo para que as empresas se adequem às exigências termina em julho, conforme Termo de Compromisso assinado com o MTE.

Segundo o auditor-fiscal Marcos Crepaldi, o principal objetivo da fiscalização é romper com a cultura de normalização dos acidentes no setor. “Passa a ser normal uma pessoa que trabalha no setor não ter um dedo, por exemplo. É isso que queremos mudar”, afirmou.

SUBNOTIFICAÇÃO E RISCO CONSTANTE

Embora 2025 ainda não tenha registrado mortes, os acidentes seguem frequentes: até junho, já foram 58 afastamentos relacionados ao trabalho em madeireiras. De acordo com a SRTE-MT, a subnotificação é alta e os números reais podem ser ainda maiores.

O Procedimento Especial de Fiscalização — parte de uma ação nacional voltada ao setor de desdobramento de madeira em bruto — contará com reforço dos novos auditores-fiscais aprovados no último concurso do governo federal.

EMPRESAS NOTIFICADAS 

Ao todo, 400 empresas foram notificadas em Mato Grosso. Entre os municípios abrangidos estão Alta Floresta, Aripuanã, Brasnorte, Cáceres, Sinop, Juína, Sorriso, Cláudia, Marcelândia, entre outros polos do setor madeireiro.

As exigências do Termo de Compromisso incluem: sistemas de segurança em zonas de risco; dispositivos de parada de emergência; correção de instalações elétricas irregulares; procedimentos específicos para cada tipo de máquina; fornecimento adequado de EPIs.

O descumprimento das normas pode resultar em autuação e encaminhamento à Advocacia-Geral da União (AGU) e ao Ministério Público do Trabalho (MPT).

O Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira (CIPEM) afirmou manter diálogo com a SRTE-MT e que já apresentou propostas para mitigar riscos e promover melhorias nas condições de trabalho.

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