O juiz da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, especializada em Justiça Militar, remarcou para o dia 12 de dezembro a audiência de instrução do processo que julga quatro policiais militares acusados de forjar um confronto para eliminar a arma usada no assassinato do advogado Renato Nery, em julho de 2024, em Cuiabá. A sessão estava prevista para 7 de novembro.
Os militares Jorge Rodrigo Martins, Wailson Alessandro Medeiros Ramos, Wekcerlley Benevides de Oliveira e Leandro Cardoso respondem pela morte de um jovem de 26 anos e dois adolescentes de 16, durante uma troca de tiros encenada, na região do Contorno Leste, em Cuiabá. Segundo a investigação, o armamento utilizado nesse episódio era o mesmo que havia sido empregado na execução do advogado.
O crime contra o advogado ocorreu em 5 de julho de 2024, por volta das 9h, em frente ao escritório onde ele trabalhava, na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Nery foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido e passou por cirurgia no Hospital Jardim Cuiabá, mas não resistiu.
O caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, autor dos disparos, e o policial militar Heron Teixeira Pena Vieira, que o contratou, confessaram o homicídio e permanecem presos. Também estão detidos os empresários César Jorge Sechi e Julinere Goulart Bentos, apontados como mandantes do crime.
Outros dois policiais militares, Ícaro Nathan Santos Ferreira e Jackson Pereira Barbosa, são acusados de atuarem como intermediários na execução. Conforme as investigações, a motivação do assassinato está ligada a uma disputa judicial por uma área rural de mais de 12 mil hectares, localizada no município de Novo São Joaquim (MT).
*Com informações do site RepórterMT

















