O homem de 41 anos, que foi preso suspeito de ter estuprado e matado uma criança de 7 anos em Peixoto de Azevedo, a 692 km de Cuiabá, passou a ser investigado por supostamente ter envolvimento no desaparecimento do menino Flávio Henrique da Silva, de 2 anos.
De acordo com a Polícia Civil, levantou-se a hipótese do envolvimento do suspeito após a prisão dele no crime contra a criança de 7 anos, morta no dia 1º de maio deste ano.
A menina foi assassinada no Distrito de União do Norte, mesma região onde Flavinho, como é chamado pelos pais, desapareceu há mais de um ano. O menino está desaparecido desde 18 de janeiro de 2015. Moradores fizeram relatos à Polícia Militar sobre o suspeito, de que ele seria vizinho de Flavinho à época do desaparecimento do menino.
Porém, as informações ainda são apuradas pela Polícia Civil. A mãe de Flavinho, Silvana Aparecida da Silva, soube da prisão do suspeito e procurou a delegacia em Peixoto de Azevedo. Ela disse não conhecer o preso, no entanto, viajou nesta terça-feira (10) para o distrito onde ocorreram o desaparecimento e o estupro da menina para tentar ter informações de moradores.
Um investigador da polícia acompanha a família para tentar encontrar pistas do envolvimento do suspeito com o desaparecimento de Flavinho. O delegado Ramiro Queiroz, que investiga o estupro e morte da menina, declarou que deve interrogar o suspeito a respeito do desaparecimento da criança, a partir das informações que o investigador e a mãe conseguirem levantar no distrito.
Desaparecimento de Flavinho
Flávio Henrique estava no sítio do avô, no Distrito de União do Norte, com os pais e alguns familiares quando sumiu. Ao notar que a criança tinha desaparecido, no final da tarde daquele domingo, os pais da criança acionaram a polícia, que começou a fazer buscas pela região junto com o Corpo de Bombeiros. No entanto, ele não foi localizado.
Desde o desaparecimento, a família tem feito campanha nas redes sociais com o intuito de encontrá-lo. Em um site de relacionamento na internet, um grupo chamado “Voluntários à procura do Flavinho“, foi criado.
Ao longo de mais de um ano do desaparecimento de Flavinho, a Polícia Civil não encontrou nenhuma pista concreta que pudesse desvendar o desaparecimento do menino. Várias buscas foram feitas na região do desaparecimento, inclusive com helicóptero, no entanto, sem sucesso.
Em novembro de 2015 o delegado-geral da Polícia Civil, Adriano Peralta, determinou que a investigação fosse transferida para Cuiabá, sob a condução do delegado Mário Dermival. O inquérito contém mais de 200 páginas e, no decorrer das investigações, mais de 30 testemunhas foram ouvidas.
Praticamente todos os dias os pais publicam a foto da criança nas redes sociais, onde pedem apoio e auxílio para encontrar Flavinho. Recentemente, no Dia das Mães, a mãe do menino lamentou o fato de não poder comemorar a data festiva com o filho. Ela declarou que em fé em reencontrar Flavinho e que a família está ansiosa pela volta da criança.
“Hoje é um dia muito especial, [é] meu dia. Ser mãe é a coisa mais maravilhosa que existe, mas ser mãe de um filho desaparecido é um grande desafio que a vida nos impõe. Ser mãe de [um filho] desaparecido é querer abraçar e não poder; querer ouvir suas primeiras palavras e não poder”, declarou a mãe em uma rede social.
Prisão
O suspeito de matar a criança de 7 anos foi preso no dia 3 de maio no Distrito de Cachoeira da Serra, no município de Altamira, no Pará. O corpo da criança, que estava seminua, foi encontrado sobre um colchão colocado no chão, coberto por um cobertor, dentro da casa do suspeito. A menina foi morta com um corte no pescoço.
Segundo o delegado Ramiro Queiroz, da Polícia Civil de Peixoto de Azevedo, o suspeito nega ter violentado sexualmente a criança, porém, confessou ter matado a menina. O suspeito confessou à polícia que matou a menina usando uma faca de cozinha e cortou o pescoço da criança. Ele foi encaminhado para o Presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira (Ferrugem), em Sinop, a 503 km de Cuiabá
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