Os servidores técnicos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e de instituições federais de ensino de Mato Grosso paralisaram as atividades nesta quarta-feira (24). Entre as reivindicações, os trabalhadores, filiados à Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas Federais do Brasil (Fasubra), protestam contra a terceirização e a cobrança de mensalidade nos cursos de prós graduação em instituições públicas. A UFMT informou, por meio de assessoria, que a paralisação é uma demanda nacional e que não deve afetar as aulas.
Segundo o coordenador de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos e Administrativo da UFMT (Sintuf-MT), Carlos Oliveira, em Mato Grosso cerca de 1,5 mil funcionários pararam as atividades.
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De acordo com Oliveira, entre os motivos da paralisação os funcionários protestam contra a terceirização em instituições públicas e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 395/2014, que prevê a cobrança de mensalidades em cursos de especialização nas universidades públicas.
“Nós somos a favor da educação gratuita e sem nenhum custo. Lutamos para que todos tenham direito de estar em uma universidade”, afirmou.
Ainda segundo Oliveira, os técnicos são contra a forma de administração dos hospitais universitários, que são responsabilidades da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). “Quando o hospital é administrado por empresas assim, a qualidade do atendimento cai. Até o ambiente de trabalho fica ruim, porque a empresa só visa lucro. Os médicos têm que atender mais pacientes”, declarou.
Durante o dia, os funcionários fizeram panfletagem nas instituições e na frente do Hospital Universitário Júlio Müller, em Cuiabá.
Quinta-feira
Segundo o Sintuf, a categoria também deve paralisar as atividades na próxima quinta-feira em solidariedade aos trabalhadores terceirizados dos serviços de limpeza no campus da UFMT, em Cuiabá, que também haviam suspendido as atividades devido a atraso salarial. Os funcionários alegaram que estavam há 17 dias sem receber.
Após menos de um dia de paralisação, os funcionários do serviço de limpeza retomaram as atividades, assim que a empresa responsável pelos serviços no campus efetuou o pagamento.