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Cuiabá

Sem destinação, madeira apreendida em Cuiabá apodrece em pátio

Sete mil metros cúbicos estão em pátio da Sema

G1 MT

Mais de sete mil metros cúbicos de madeira armazenados no pátio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema), num local sem cobertura, estão apodrecendo. O material é fruto de apreensão na Baixada Cuiabana por parte de órgãos de fiscalização e depende de autorização judicial para ser retirada do espaço.

O Juvam (Juizado Volante Ambiental) disse que compete ao Poder Judiciário decidir o destino do produto do crime ambiental e que não é competência do judiciário fazer a gestão da carga. A Sema disse que não pode mexer no material apreendido sem ordem judicial.

No mercado de Mato Grosso, o preço médio da madeira está em R$ 1,3 mil o metro cúbico. Segundo o diretor de Bens e Produtos Retidos da Sema, tanto o processo de leilão quanto o de doações para prefeituras são demorados demais na Justiça. Um dos casos é o de um lote de 200 metros cúbicos de madeira, que teve que esperar 10 anos por decisão judicial para ser doado.

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"Há dois anos e meio não foi feito nenhum leilão. O que há aqui são doações que são constantes também. Todos os dias têm pedidos de doações aqui. São doadas as madeiras que têm os lotes liberados. Às vezes nós temos a madeira aqui, mas ela não está liberada ainda judicialmente para fazer a doação", disse Adão César Rodrigues, major e diretor da unidade da Sema.

O problema foi informado pelos próprios funcionários da Sema ao Sintema (Sindicato dos Trabalhadores em Entidades Públicas de Meio Ambiente de Mato Grosso), que prometeu ajudar. "O sindicato enviou um ofício pedindo providências à secretaria. Até agora, não obtivemos resposta", disse Jefferson Lopes de Souza, diretor administrativo do sindicato.

Enquanto a madeira não é retirada, vira abrigo para bichos. Vídeo feito por funcionários, por exemplo, mostra uma cobra aparece passeando pela área.

Outro lado
Segundo o Juvam, em 2014 foram atendidos 100 pedidos de doação. Neste ano,o juizado disse que já recebeu 50 pedidos de doação até setembro. O critério para atendimento é que a entidade solicitante apresente projeto social ou ambiental.

A Sema informou que já foi apresentada ao Juvam a necessidade de agilidade na doação ou destinação da madeira porque o número de apreensões aumentou em 2015. Disse também que só faz o controle de entrada e saída da madeira e que vai enviar ofício para pedir parceria na destinação do material apreendido para evitar perdas.

 

De acordo com a Sema, foram apreendidos neste ano 3,3 mil metros cúbicos de madeira na Baixada Cuiabana.

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