De dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, um detento aplicava golpes usando telefone celular. Na cela em que ele estava, a polícia encontrou várias anotações com os telefones e contas bancárias das vítimas escolhidas por ele. Segundo a Polícia Civil, foram identificadas três vítimas, sendo que duas são de Mato Grosso e outra de Minas Gerais.
Essas vítimas são pequenos empresários do ramo alimentício, de Lucas do Rio Verde e Poxoréu, a 360 e 259 km de Cuiabá, e do interior de Minas Gerais. O criminoso entrava em contato com elas por telefone e fazia falsas encomendas de mercadorias. Ele enviava cópias de falsos comprovantes de transferência para as vítimas e, depois, alegava que tinha depositado um valor acima do previsto pela compra.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
E, então, pedia que a vítima depositasse o valor transferido a mais, em contas de terceiros usadas por ele para cometer os crimes de estelionato. Sem saber que se tratava de um golpe, as vítimas devolviam o valor à ela, sem de fato terem recebido a transferência, de acordo com a Polícia Civil.
Para uma delas, o presidiário fez uma encomenda de 140 marmitas. Para confirmar a compra, ele enviou um comprovante de depósito falso com o valor maior do que havia combinado, então solicitou que a vítima devolvesse a diferença de aproximadamente R$ 2 mil. O prejuízo causado às três vítimas ultrapassa R$ 7 mil.
As contas correntes utilizadas pelo estelionatário pertencem a dois moradores de Poconé, a 104 km da capital, que teriam sido ludibriados por uma mulher a emprestar a conta.
Na parede da cela em que o estelionatário está preso, na maior unidade prisional de Mato Grosso, a polícia encontrou, além das anotações referentes ao golpe, quatro aparelhos celulares, chips e cartões de memória de celular.
As anotações estão sendo analisadas e nelas constam nomes de vítimas, contas correntes e números de telefones, segundo a polícia.
O preso, que cumpre pena por tráfico de drogas, será indicado por crime de estelionato, além de perder o benefício do regime aberto estava prestes a receber.
