O motorista do ônibus coletivo que atropelou e matou uma criança de 2 anos, neste domingo (26) no Residencial Nova Canaã, em Cuiabá, foi ouvido e liberado após prestar depoimento. A família disse que a criança, identificada como Adriele Gusmão Padilha, de 2 anos, foi pegar uma bola na calçada. Naquele momento o ônibus fazia uma curva e atropelou a menina.
De acordo com a Delegacia Especializada de Trânsito de Cuiabá (Deletran), ele foi submetido ao teste do bafômetro, que deu negativo. O motorista negou que subiu na calçada para fazer a curva no bairro. Para a polícia, o caso se configura como homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
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O motorista saiu do local após o acidente e foi até uma base comunitária para se apresentar. O veículo de transporte foi apedrejado por moradores que se revoltaram com a situação. “Vi o ônibus [virando] naquela ponta ali muito rápido para virar para cá. Vi a criança que estava aqui e corri para que socorrê-la e não consegui segurar. Mandei o ônibus parar e ele não quis parar”, relatou o tio da menina, Osvaldo Soares.
Adriele tinha completado dois anos no dia 9 de junho. Ela estava na casa de parentes, naquele bairro, segundo os pais. Alguns moradores disseram que o motorista subiu com o veículo na calçada e as pessoas gritaram para que ele parasse.
Conforme a Deletran, um laudo da perícia técnica poderá dizer se o ônibus subiu ou não na calçada e se houve algum tipo de imprudência por parte do motorista. Esse laudo deve sair em um prazo de 30 dias.
Empresa
A Empresa Pantanal Transporte, responsável pelo ônibus, informou por meio de nota que o motorista estava fazendo uma curva no bairro Jardim Canaã com o Jardim Paraná e não viu ninguém à frente. A velocidade, conferida pela Polícia Militar do Três Barras, era de 15 km por hora, de acordo com a nota.
A empresa informa que o motorista é antigo na empresa, nunca se envolveu num acidente com vítimas. Segundo informações passadas pelo motorista, havia uma festa numa casa bem em frente à curva.
Enterro
O enterro está previsto para 10h no Cemitério Bom Jesus, em Cuiabá. De acordo com a mãe da criança, Graziele Gusmão, a empresa não entrou em contato com a família e nem está arcando com as despesas do velório.
