A atendente de lanchonete Franciele Costa, de 28 anos, que estava grávida de sete meses, foi morta em Porto dos Gaúchos, a 644 km de Cuiabá, em fevereiro de 2014, após sair de casa para se encontrar com um fazendeiro da região, com quem mantinha um relacionamento extraconjugal. Um suspeito de envolvimento no crime, ocorrido em fevereiro de 2014, foi preso na quinta-feira (17), naquele município.
O pecuarista de 65 anos, principal acusado do crime, porém, encontra-se foragido, segundo o delegado Albertino Félix de Brito Júnior, da Polícia Civil, que investiga o crime.
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O crime foi premeditado após ela ter pedido dinheiro a ele para comprar uma casa. "Ele já sabia que ela estava grávida e, como ela estava pedindo dinheiro e ele não queria dividir a herança, planejou o assassinato dela e também participou da morte", explicou o delegado.
O idoso de 62 anos, que trabalha como furador de fossas e que foi preso na quinta-feira, teria ajudado a esconder o corpo, conforme Albertino Félix. Ele tinha sido visto completamente sujo na madrugada do dia 19 de fevereiro de 2014, na fazenda do pecuarista.
Durante buscas na casa dele, a polícia encontrou objetos pessoas que Franciele usava no dia que desapareceu.
"Esse homem é amigo de 'condutas ilícitas' do fazendeiro. Eles teriam cometido outros crimes juntos, mas ainda não há confirmação e estamos apurando as suspeitas", explicou. A prisão dele foi efetuada em um supermercado da cidade. Além do amante e do idoso, há suspeita de que outras pessoas tenham participado do crime.
O pecuarista chegou a ser preso em 2014, logo após o crime, mas conseguiu um habeas corpus e, por falta de provas que pudessem incriminá-lo, foi solto. O assassinato teria ocorrido na fazenda de propriedade do amante, naquele município, onde eles costumavam se encontrar.
"Ela [Franciele] deixou os filhos com a babá, porque só iria voltar no outro dia. A mulher dele sabia que ele tinha casos amorosos com outras mulheres", disse o delegado. Após o homicídio, a mulher do acusado se mudou com os filhos para o Paraná.
O corpo dela, porém, ainda não foi localizado. Para o delegado, o caso é semelhante ao da modelo Eliza Samudio, morta em 2010, em Minas Gerais, cujo corpo nunca foi encontrado, mas concluiu-se que ela tinha sido assassinada. "Temos todas as provas de que o crime foi premeditado e que esconderam o corpo para tentar dificultar a investigação. Já temos suspeitas de onde o corpo possa ter sido enterrado", adiantou o delegado.
Na época do desaparecimento, a irmã da vítima, Daniele Epifânio da Costa, contou que Franciele tinha saído para se encontrar com fazendeiro, que tinha pedido, inclusive, que ela cometesse aborto, pois não aceitava a gravidez dela, mas que ela tinha se recusado. "Ele [suspeito] era casado e mantinha um relacionamento extranconjugal com ela, até que ela ficou grávida", relatou.