Um homem foi preso pela Polícia Civil após se passar por advogado em Sorriso, a 420 km de Cuiabá, para tentar captar possíveis clientes que teriam sido lesados pelo Plano Collor, em 1990, durante a presidência de Fernando Collor de Mello (1990-1992). O plano foi marcado pelo confisco das cadernetas de poupanças, uma das medidas adotadas para combater os altos índices de inflação daquela época.
Segundo a Polícia Civil, a prisão ocorreu na quarta-feira (9), após denúncia da comissão de ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do município. Ao ser interrogado, o suspeito afirmou que prestava serviços para um escritório de advocacia de Diamantino, a 209 km de Cuiabá.
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Conforme a denúncia, o falso advogado teria uma lista com informações de possíveis clientes, em sua maioria agricultores, lesados pelo Plano Collor. De acordo com a polícia, o suspeito estava hospedado em um hotel da cidade e ligava para os nomes da lista marcando encontros para fazer propostas de ações que poderiam ser movidas para recuperarem o dinheiro perdido.
O suspeito foi preso e encaminhado para a Delegacia de Sorriso, onde, após ser interrogado pelo delegado Pablo Borges Rigo, assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por exercício ilegal da profissão e foi liberado. De acordo com o delegado, o homem já havia agido da mesma forma em Nova Mutum, a 269 km da capital, mas não conseguiu captar nenhum cliente.
Durante o interrogatório, o falso advogado afirmou que prestava serviços para o escritório de uma advogada de Diamantino. A advogada que contratou o suspeito deve responder a ação no Conselho de Ética da OAB-MT, pois a legislação não permite esse tipo de conduta.