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Cepea, 11/10/2021 – A revista Hortifruti Brasil, publicação do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, traz neste mês o Especial Batata 2021. E os levantamentos realizados pela equipe da revista para esta edição especial mostram forte alta nos custos de produção de batata em 2021. Em alguns casos, o aumento chegou a superar os 60% por saca produzida.
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Segundo pesquisadores da equipe Hortifrúti/Cepea, além do encarecimento de importantes insumos utilizados na bataticultura (como fertilizantes, máquinas e implementos agrícolas, defensivos, entre outros), os custos em 2021 também foram impulsionados por geadas registradas em julho deste ano. Isso porque o fenômeno climático reduziu a produtividade das lavouras e exigiu uma intensificação nos tratos culturais.
Das cinco estruturas de custos de produção avaliadas para a edição deste mês, apenas a de grande escala de produção de Vargem Grande do Sul (SP) teve uma margem de lucro “mais folgada”. No Sul de Minas Gerais, por outro lado, a alta do custo foi muito maior que o preço médio recebido pelo produtor. E pesquisadores da Hortifrúti/Cepea ressaltam que, para a safra das águas 2021/22 dessa mesma região mineira, tudo indica que, mesmo com elevados preços de comercialização da batata, o produtor terá dificuldades em conseguir uma margem positiva – para isso, os valores de negociação precisariam ficar, no mínimo, similares aos registrados na última safra das águas 2020/21. Para o produtor que fornece para a indústria, as geadas em julho intensificaram os prejuízos, já que os preços de venda do tubérculo são pré-fixados em contrato.
Assim, no geral, o que se verificou é que, mesmo com os maiores preços de comercialização na safra de inverno de 2021, os custos em alta limitaram a rentabilidade do produtor – e até mesmo a deixaram negativa, como verificado no Sul de Minas. Pesquisadores do Cepea indicam, ainda, que essa tendência de aumento nos custos avança para a safra de verão dessa praça mineira, ao passo que a trajetória de preços de negociação ainda é incerta. Nesse contexto, os investimentos para 2022 podem ser prejudicados.
Para o consumidor, que já está com o poder de compra fragilizado, os reajustes positivos nos preços da batata acabam sendo repassados aos poucos. E novas limitações na produção no campo tenderiam a manter os valores do tubérculo em alta, o que, por sua vez, poderia resultar em enfraquecimento na demanda.
Você também encontra nesta edição:
ALFACE – Calor estimula desenvolvimento das folhosas, e preço recua em setembro
BANANA – Menor ritmo de colheita da prata assegura bons preços
BATATA – Batata se valoriza menos que o previsto em setembro
CEBOLA – Disponibilidade elevada mantém cotações baixas em SP
CENOURA – Falta de chuva afeta produção, e preço sobe em setembro
CITROS – Com falta de fruta de qualidade, pera se valoriza pelo 3º mês seguido
MAÇÃ – Preços da fuji estão menores do que os da gala
MAMÃO – Oferta do formosa recua ao longo do mês, enquanto a do havaí sobe
MANGA – Tommy se valoriza no Vale e volta a superar custos
MELANCIA – Preços voltam a cair nas roças
MELÃO – Exportações “aliviam” oferta nacional
TOMATE – Preço em setembro é o maior de 2021
UVA – Menor exportação pressiona cotações das brancas sem semente
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ASSESSORIA DE IMPRENSA: Outras informações sobre o mercado de hortifrúti aqui e por meio da Comunicação do Cepea, com a pesquisadora Margarete Boteon: [email protected].