O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a defender os testes de armas nucleares americanas em entrevista ao programa 60 Minutes, da rede de TV CBS. Questionado, ele comentou que 'somos o único país que não faz testes, e eu não quero ser o único país que não faz testes'.
Trump afirma que Rússia e China, além da Coreia do Norte, realizam testes nucleares. No entanto, os países se defendem dizendo que as armas testadas não possuem propulsão atômica.
'E, sabe, por mais poderosos que sejam, este é um mundo grande. Você não necessariamente sabe onde eles estão fazendo os testes. Eles fazem testes bem no subsolo, onde as pessoas não sabem exatamente o que está acontecendo com os testes. Você sente uma leve vibração. Eles testam e nós não', respondeu.
Além disso, o presidente americano completou as bombas atômicas dos EUA teriam capacidade de destruir o mundo '150 vezes'.
Em resposta, o governo chinês negou nesta segunda-feira (3) qualquer teste que tenha realizado, ainda mais de forma escondida. O governo russo ainda não respondeu.
A porta-voz da China, Mao Ning, disse que:
'A China sempre aderiu ao caminho de um desenvolvimento pacífico, segue a política de não ser a primeira a usar armas nucleares, defende uma estratégia nuclear de autodefesa e respeita seu compromisso de suspender os testes nucleares'
Rússia afirma que realizará testes caso EUA também faça
A Rússia afirmou, nessa quinta-feira (30), que pretende realizar testes nucleares se os Estados Unidos também começar a fazer, como quer o presidente Donald Trump. Apesar disso, um porta-voz do governo defendeu que, até agora, Moscou defendeu que não realizou nenhum teste.
Ao ser questionado sobre o tema, o porta-voz do governo Putin, Dmitry Peskov, defendeu que os recentes testes com os mísseis Burevestnik e Poseidon não foram 'definitivamente' com armas nucleares.
'Quero relembrar a declaração do presidente Putin, que já foi repetida inúmeras vezes: se alguém violar a moratória, a Rússia agirá de acordo', continuou.
Os russos possuem o maior arsenal nuclear do mundo, mas não realizam testes oficiais desde 1990. Após o final da Guerra Fria, em 1991, os Estados Unidos chegaram a fazer um teste em 1992 e a China em 1996.
Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump escreveu que mandou ordens para o Departamento de Guerra começar a realizar testes nucleares por conta dos outros países fazerem o mesmo.
Na Coreia do Sul, o presidente americano defendeu que os EUA tem mais armas nucleares que qualquer outro país.
'Isso foi alcançado, incluindo uma atualização e renovação completa das armas existentes, durante o meu primeiro mandato. Devido ao imenso poder destrutivo, ODIEI fazer isso, mas não tive escolha! A Rússia está em segundo lugar, e a China vem bem atrás, mas estará em pé de igualdade dentro de cinco anos'.
'Devido aos programas de testes de outros países, instruí o Departamento da Guerra a começar a testar as nossas armas nucleares em igualdade de condições. Esse processo terá início imediatamente', completou.
Além da Rússia, a China reagiu e fez um apelo para que os Estados Unidos não realizem os testes. A situação ocorreu no mesmo dia do encontro entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping.
O exercício militar mais recente da Rússia ocorreu no último dia 28. O presidente americano criticou fortemente.
Os EUA afirmam que a China dobrou seu arsenal desde 2020, passando de 300 para 600 neste ano. A expectativa é que mais de mil armas nucleares estejam no país até 2030.
O exercício foi criticado pelo presidente americano Donald Trump, que devolveu uma ameaça de que seu país tem um submarino nuclear posicionado na costa da Rússia.
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Putin e Trump na Base Conjunta Elmendorf-Richardson, em Anchorage (Alasca) — Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP


















