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Segurança nos estádios

Quase 300 foragidos da Justiça já foram presos após o reconhecimento facial em estádios

Só em São Paulo, mais de um milhão e meio de torcedores foram fiscalizados. Todos os clubes da série A e B do Brasileirão e grandes arenas devem aderir ao projeto de compartilhamento de dados do Ministério da Justiça até o final do primeiro semestre de 2

Por Alessandra Ferreira
CBN
 
 Foto-FootHub

O uso da tecnologia de reconhecimento facial é obrigatório para a entrada em estádios e arenas com capacidade para mais de 20 mil torcedores pela Lei Geral do Esporte.

Quase 300 foragidos da Justiça já foram presos através do uso da ferramenta em São Paulo, no Ceará e no Mato Grosso.

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Nestes estados, as gestoras de arenas e os clubes possuem parcerias com as secretarias de segurança para a identificação dessas pessoas.

Só em São Paulo, foram 214 foragidos presos entre setembro de 2023 e de 2025.

Em 50 jogos, mais de um milhão e meio de torcedores foram monitorados pelo Muralha Paulista, programa estadual de segurança.

Dois dos principais estádios já contam com ferramenta interligada com as forças de segurança pública: o Allianz Parque, do Palmeiras, e a NeoQuímica Arena, do Corinthians.

Outros times, como São Paulo e Santos estão em tratativas para a adesão ao programa.

Neste mês, o BNMP, o Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões, passou a contar com os dados de torcedores que estão banidos de frequentar estádios no país.

De acordo com o juiz Antônio Faiçal, do Conselho Nacional de Justiça, o banco de dados deve ser aperfeiçoado com o tempo: 

"O que nós estamos fazendo agora é um crescimento controlado, porque não adianta querer abraçar o mundo em um mês. Então agora a gente começa com a Lei Geral do Esporte, justamente para controlar o problema das arenas e de grandes times e acertando eventualmente [as torcidas] organizadas. E de alguma forma para o futuro, esse método de controle há de ser aperfeiçoado para todos os grandes eventos". 

A ferramenta é usada com a identificação pelo CPF do indivíduo ou mesmo pelo reconhecimento facial.

A segurança e a praticidade de acesso aos locais de jogos são ressaltadas pelos torcedores que frequentam as arenas em todo o país: 

"Eu acho ótimo. Primeiro pela questão da rapidez na entrada e a questão também da de quem tem problema na justiça não pode entrar. A proposta em si eu acho muito boa. Eu acho que facilita a compra facilita a entrada. Com certeza me sinto muito mais seguro porque tem um controle maior das pessoas que estão indo e a gente sabe que tem muita violência nos estádios". 

Para o promotor do Ministério Público de São Paulo Yuri Fisberg, que investiga crimes envolvendo torcidas organizadas, a ferramenta ajuda a identificar os suspeitos por delitos - mesmo que eles tenham ocorrido longe de um estádio. 

"As brigas longe do estádio são uma recorrência já há algumas décadas. No entanto, o reconhecimento facial no estádio ajuda, inclusive, considerando que muitas vezes são os mesmos frequentadores do estádio, são pessoas que são reconhecidas pela sua intervenção, interlocução com as torcidas organizadas. Isso permite que as autoridades os identifiquem de forma mais célere". 

Levantamento feito pela reportagem mostra que a integração entre o reconhecimento facial e as polícias acontece de maneira diferente nos estados brasileiros com times na série A e B do Brasileirão.

As tratativas para um convênio estão em andamento no Rio de Janeiro, em Pernambuco, Goiás, Santa Catarina e no Pará.

No Rio Grande do Sul, a integração ainda está em fase de estudo.

As secretarias de segurança da Bahia, de Minas Gerais, Amazonas e de Alagoas não responderam os questionamentos da reportagem.

Um outro acordo de cooperação entre o Ministério da Justiça, a CBF e outros órgãos esportivos já está na fase final das tratativas e vai permitir a integração dos sistemas de clubes, arenas e os sites de venda de ingressos.

Ele deve ter a adesão de todos clubes da série A e B do Brasileirão e das grandes arenas até o final do primeiro semestre de 2026.

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