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Portal de Prefeitura
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A pobreza extrema em Cuba atingiu níveis alarmantes, afetando 89% das famílias, de acordo com o mais recente Relatório 2025 sobre o Estado dos Direitos Sociais em Cuba, divulgado pelo Observatorio Cubano de Derechos Humanos (OCDH). O estudo, realizado entre os dias 8 de junho e 11 de julho, abrangeu 1.344 entrevistas em 70 municípios de todas as províncias cubanas e revela um cenário de precariedade profunda e generalizada.
Um dos dados mais chocantes do relatório é que sete em cada dez cubanos afirmaram ter que abrir mão de pelo menos uma das refeições diárias por falta de alimentos ou de dinheiro. A pobreza extrema em Cuba já não é mais restrita a áreas rurais ou grupos vulneráveis: ela se espalhou por todo o território, atingindo tanto zonas urbanas quanto comunidades antes relativamente estáveis.
Em meio à crise, uma declaração oficial provocou indignação. Em julho, Marta Elena Feitó Cabrera, ex-ministra de Trabalho e Segurança Social, afirmou publicamente que "em Cuba não há mendigos", alegando que "há pessoas que fingem ser mendigos para ganhar dinheiro fácil". A fala foi amplamente criticada e, pouco tempo depois, a ministra deixou o cargo, em meio a forte pressão social e política.
O relatório do OCDH destaca ainda a escalada da inflação, a escassez crônica de medicamentos, os cortes frequentes de energia e a deterioração do sistema de saúde pública. Segundo os entrevistados, há um sentimento crescente de desesperança, e muitos afirmam que a pobreza extrema em Cuba hoje representa a pior crise social já enfrentada pela população nas últimas décadas.
Organizações internacionais de direitos humanos têm alertado para a crise humanitária silenciosa que se intensifica na ilha. A falta de liberdade de imprensa e a repressão dificultam a denúncia e a mobilização social, agravando ainda mais o isolamento das famílias em situação de vulnerabilidade.
Enquanto o regime cubano insiste em controlar a narrativa, os números falam por si. A pobreza extrema em Cuba já deixou de ser uma estatística — é uma realidade crua, cotidiana, e cada vez mais impossível de esconder.