A Petrobras anunciou que vai reduzir em cerca de 14% o preço de venda da molécula de gás natural para as distribuidoras a partir de sexta-feira (1). A medida segue os contratos firmados pela companhia, que preveem atualizações trimestrais com base na variação do petróleo Brent e da taxa de câmbio. O GLP, que é o gás de botijão, no entanto, não será afetado pela medida.
Segundo a estatal, a queda foi influenciada por dois fatores: a redução de 11% no preço do Brent no trimestre e a valorização de 3,2% do real frente ao dólar. Com isso, o custo da molécula de gás vendida às distribuidoras sofre impacto direto, resultando na queda média anunciada.
Desde dezembro de 2022, o preço da molécula de gás acumula uma redução de 32%, considerando o novo ajuste de agosto. Se forem aplicados integralmente os prêmios de desempenho e incentivo à demanda — mecanismos criados pela própria Petrobras — a queda acumulada pode ultrapassar os 33%.
Apesar da redução, a Petrobras lembra que o preço final do gás ao consumidor não depende apenas do valor cobrado pela estatal. Entram na conta o transporte até as distribuidoras, a margem de lucro dessas empresas e, no caso do GNV, dos postos de revenda, além de tributos estaduais e federais.
O impacto para os consumidores, portanto, dependerá da forma como as distribuidoras vão repassar a redução nos seus portfólios.
No Rio de Janeiro, por exemplo, a Naturgy afirmou à CBN que o GNV ficará até 7,27% mais barato na Região Metropolitana, o que deve beneficiar cerca de 1 milhão de clientes, nos mercados residencial, comercial, industrial e GNV.
A redução para os clientes localizados na Região Metropolitana do Rio será em média de 1,39% para o segmento residencial (7m³/mês); 1,45% para o comercial (400 m³/mês); 3,73% para postos de GNV e de 3,47% para as indústrias (3Mm³/mês).
Para os clientes que moram no interior do estado, a redução será de 3,5% para residencial (7m³/mês), 4,07% para o comercial (400 m³/mês), 7,27% para postos de GNV e 5,56% para indústrias (3Mm³/mês).