A isenção de pedágio para motos voltou ao centro do debate nacional e pode representar uma mudança histórica para milhões de motociclistas brasileiros.
O tema, que há anos é defendido por entidades do setor e motoristas de duas rodas, está sendo discutido com força em Brasília, reacendendo a esperança de quem utiliza as rodovias diariamente, seja para o trabalho, lazer ou transporte profissional.
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Proposta quer isentar motos de pedágio e criar passagens exclusivas
A iniciativa foi levada ao governo federal pelo deputado Alex Brasil (PL-SC), que tem articulado com órgãos como a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e a concessionária Arteris, responsável pela administração da BR-101 entre Santa Catarina e Paraná.
O parlamentar defende que o projeto trará mais segurança e fluidez nas praças de pedágio, uma vez que muitos motociclistas acabam se arriscando entre carros e caminhões para evitar filas.
A criação de faixas exclusivas, segundo ele, seria uma forma de garantir mobilidade e segurança, além de viabilizar a isenção do pagamento.
“Estamos propondo uma solução justa, moderna e que pode beneficiar a todos os usuários das rodovias, não apenas os motociclistas”, afirmou o deputado durante uma das reuniões em Brasília.
Por que as motos merecem a isenção do pedágio?
Foto: Shutterstock
O principal argumento favorável à isenção do pedágio para motocicletas está no baixo impacto que esses veículos causam ao asfalto.
Diferentemente de carros, ônibus e caminhões, as motos praticamente não geram desgaste significativo na pista, o que torna a cobrança atual injusta aos olhos de muitos especialistas e condutores.
Esse debate não é novo. Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro chegou a anunciar que os novos contratos de concessão de rodovias federais deveriam incluir a isenção para motos, justamente com base nesse argumento técnico. A proposta atual, portanto, busca retomar e ampliar essa diretriz, trazendo o tema novamente para a pauta nacional.
Benefícios da isenção e próximos passos do projeto
Se aprovada, a proposta pode trazer impactos positivos não apenas para os motociclistas, mas para todo o sistema viário nacional. Veja os principais pontos levantados pelos defensores da medida:
- Mais segurança: motociclistas não precisarão disputar espaço com veículos maiores nas filas dos pedágios.
- Maior fluidez: os corredores exclusivos diminuem o tempo de espera e o congestionamento nas praças.
- Justiça na cobrança: reconhece o baixo impacto das motos na infraestrutura das estradas.
- Menos filas: melhora o tráfego geral, beneficiando todos os motoristas.
Atualmente, o Ministério dos Transportes analisa a viabilidade técnica e legal da proposta, considerando também os possíveis efeitos financeiros sobre as concessionárias que administram as rodovias federais.
Um avanço aguardado por milhões de motociclistas
O avanço dessa proposta representa um passo importante na valorização do transporte sobre duas rodas, cada vez mais essencial nas cidades e estradas brasileiras.
Caso a isenção do pedágio para motos seja aprovada, o Brasil poderá seguir o exemplo de outros países que já adotaram medidas semelhantes, reconhecendo as motocicletas como meios de transporte sustentáveis, econômicos e de baixo impacto.
Os próximos meses serão decisivos para definir o futuro da proposta e, quem sabe, marcar o fim do pedágio para motos nas rodovias federais brasileiras.
