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Pilar econômico

O que é agronegócio: como funciona, importância e economia

Entenda o que é agronegócio, sua importância econômica e os principais desafios enfrentados pelo setor, além das problemáticas

Terra

Foto=Terra Magna

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O agronegócio é um dos pilares fundamentais da economia brasileira e mundial. De maneira direta ou indireta, impacta na vida de milhões de pessoas todos os dias, seja por meio da produção de alimentos, geração de empregos ou movimentação de mercados financeiros.

Movimentando cerca de três trilhões de reais anualmente, gera empregos e abastece mercados internos e externos, fazendo do Brasil conhecido mundialmente. 

 

O que é agronegócio?
O agronegócio é um setor bastante conhecido no Brasil, tendo um papel expressivo na economia brasileira, na alimentação e no meio ambiente. Mas antes de falar disso, é importante saber definir exatamente o que é esse conceito.

O termo refere-se a toda cadeia produtiva ligada à agricultura e à pecuária, incluindo a produção no campo, mas também o processamento, transporte, comercialização e distribuição de produtos agropecuários.

Em outras palavras, o agronegócio abrange desde a produção de insumos agrícolas, como sementes e fertilizantes, até a entrega de alimentos industrializados nas prateleiras dos supermercados para o consumidor final.

Segundo especialistas, o agronegócio possui uma série de agentes econômicos, como produtores rurais, indústrias de processamento, distribuidores, exportadores e prestadores de serviços. 

Além disso, envolve desde pequenos produtores familiares até grandes conglomerados agroindustriais. 

Como funciona o agronegócio?
O funcionamento do agronegócio ocorre integradamente, envolvendo diversas etapas complementares. Tudo começa com a produção de insumos agrícolas, como sementes, fertilizantes e defensivos. Em seguida, ocorre a produção primária, ou seja, o plantio, a criação de animais e a colheita.

Depois dessa fase, vem o processamento industrial, que transforma a matéria-prima em produtos finais, como alimentos processados, tecidos e biocombustíveis. A etapa final é a distribuição, que leva os produtos para supermercados, feiras e exportações.

O setor depende ainda de fatores como infraestrutura logística, acesso a crédito rural, uso de tecnologias agrícolas, políticas públicas de incentivo e oscilações do mercado internacional. A integração entre essas fases é fundamental para a eficiência do agronegócio moderno.

Setores do agronegócio
O agronegócio pode ser dividido em quatro grandes setores: o setor de insumos, o setor de produção, o setor de processamento e o setor de distribuição.

Setor de insumos: envolve a fabricação de fertilizantes, defensivos agrícolas, sementes geneticamente modificadas e equipamentos como tratores e colheitadeiras.
Setor de produção: refere-se ao cultivo de lavouras e à criação de animais. Exemplos incluem soja, milho, café, carne bovina, frango e leite.
Setor de processamento: transforma matérias-primas em produtos alimentícios ou industriais. Indústrias de laticínios, frigoríficos e fábricas de alimentos processados fazem parte desse setor.
Setor de distribuição: responsável por levar os produtos finais aos consumidores. Aqui estão os transportadores, atacadistas, exportadores e redes de supermercados.
Cada um desses setores é indispensável para o funcionamento adequado do agronegócio e influencia diretamente os resultados econômicos do setor.

Qual a importância do agronegócio?
A importância do agronegócio não se resume à geração de alimentos. Ele é responsável por uma parcela significativa do Produto Interno Bruto (PIB) de diversos países, especialmente no Brasil.

Em 2023, o setor representou aproximadamente 24% do PIB brasileiro, sendo um dos principais motores do crescimento econômico.

Além do impacto econômico, o agronegócio gera milhões de empregos, tanto no campo quanto nas cidades. Estima-se que, no Brasil, um em cada três empregos esteja direta ou indiretamente ligado ao setor agropecuário.

O agronegócio também é fundamental para a balança comercial brasileira. A produção agropecuária brasileira abastece tanto o mercado interno quanto o externo, tornando o Brasil um dos maiores exportadores globais de commodities como soja, café, carne e milho, trazendo bilhões de dólares em receitas.  

Mas, talvez um dos aspectos mais importantes é a segurança alimentar. Sem a produção em larga escala de alimentos e fibras, o abastecimento das cidades seria comprometido, elevando preços e ameaçando a estabilidade social. 

O agronegócio garante que a população tenha acesso a alimentos em quantidade e qualidade adequadas. Sem ele, a oferta de alimentos seria instável e os preços, muito mais elevados.

Agronegócio e economia
A economia e o agronegócio caminham juntos, com certeza. O setor influencia a inflação, o câmbio e a estabilidade econômica diretamente. 

Por exemplo, uma safra recorde de grãos pode reduzir os preços dos alimentos, controlando a inflação. Por outro lado, crises climáticas que afetam a produção agrícola podem provocar aumentos de preços e desestabilizar a economia.

O agronegócio também é altamente dependente das oscilações do mercado internacional. Variações na demanda de países como China e Estados Unidos, ou mudanças nas políticas de comércio internacional, como tem se visto após a eleição de Donald Trump, impactam fortemente o desempenho do setor.

Investimentos em infraestrutura, pesquisa tecnológica e políticas públicas adequadas são fundamentais para manter o agronegócio competitivo.

Além disso, a inovação no campo, com o uso de drones, inteligência artificial e agricultura de precisão, tem transformado a relação entre o agronegócio e a economia, aumentando a eficiência e abrindo novas possibilidades de negócios.

Quais são as problemáticas do agronegócio?
Apesar de sua importância, o agronegócio enfrenta várias problemáticas que não podem ser ignoradas, mesmo fundamental para o desenvolvimento econômico.

Uma delas é seu impacto ambiental, especialmente em relação ao desmatamento de biomas como a Amazônia e o Cerrado, provocado pela expansão das fronteiras agrícolas.

O uso intensivo de agrotóxicos é outra questão preocupante, já que pode gerar sérios riscos à saúde humana e à biodiversidade, contaminando solos, águas e alimentos.

A dependência de monoculturas, como soja e milho, também reduz a diversidade biológica e aumenta a vulnerabilidade a pragas e doenças.

Outro problema é a concentração de terras e de poder econômico, que agrava a desigualdade social. Grandes latifúndios dominam a produção, enquanto pequenos produtores rurais enfrentam dificuldades para competir em igualdade de condições.

Sem falar nas denúncias de conflitos de terra envolvendo comunidades tradicionais, indígenas e quilombolas, prejudicando direitos humanos e modos de vida ancestrais.

Por isso, embora o agronegócio tenha papel essencial na economia e na segurança alimentar, é preciso repensar seus modelos de produção para torná-los mais sustentáveis, inclusivos e respeitosos com o meio ambiente.

Quer ficar por dentro desses e outros assuntos sobre o meio ambiente? Acompanhe a Editoria Planeta do Terra!

Fonte: Redação Terra

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