O ex-presidente Jair Bolsonaro iniciou nesta sexta-feira (26) o tratamento pós-operatório após a cirurgia para correção de uma hérnia inguinal bilateral, realizada na manhã de ontem, em Brasília. Segundo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, ele já fez a primeira sessão de fisioterapia, conseguiu se alimentar e passa bem no hospital DF Star, onde segue internado.
Em publicação nas redes sociais, Michelle afirmou que tem permanecido por longos períodos no hospital acompanhando a recuperação do marido. O tratamento inclui o uso de analgésicos para controle da dor e sessões de fisioterapia voltadas à mobilização precoce.
O cirurgião geral Claudio Birolini, que acompanha Bolsonaro, informou que um boletim médico atualizado deve ser divulgado no meio da tarde. Ao jornal O Globo, o médico relatou que o ex-presidente teve uma noite tranquila, embora tenha apresentado episódios de soluço, além de dor controlada com medicação.
A cirurgia durou cerca de três horas a três horas e meia. De acordo com a equipe médica, a recuperação envolve cuidados para evitar complicações como trombose venosa profunda e problemas respiratórios, além da fisioterapia diária.
Segundo o cirurgião, Bolsonaro deve permanecer internado em Brasília por cinco a sete dias, até estar em condições de realizar os autocuidados necessários antes da alta. Após deixar o hospital, caso não haja nova decisão judicial, ele deverá retornar à Superintendência da Polícia Federal, onde está preso desde novembro.
Os médicos também avaliam a necessidade de um procedimento específico para tratar os soluços persistentes. Durante a cirurgia, chegou a ser considerada uma intervenção, mas ela foi descartada por ser invasiva. A opção inicial foi pelo tratamento medicamentoso, e uma nova avaliação está prevista para a próxima segunda-feira (29).
Ainda nesta sexta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes autorizou a visita da enteada de Bolsonaro, filha de Michelle Bolsonaro, durante o período de internação. A decisão permite que a visitação ocorra conforme as regras do hospital, sem necessidade de novas autorizações do STF. O pedido para a visita de outros parentes, como cunhados, foi negado.
Além da enteada, os filhos do ex-presidente — com exceção de Eduardo Bolsonaro, que está no exterior — estão autorizados a visitá-lo, assim como Michelle Bolsonaro, que é a acompanhante oficial. As visitas no hospital podem ocorrer em qualquer horário, com limite de meia hora por vez e até duas pessoas no quarto, incluindo a acompanhante.
