Quando atingiu a Jamaica na terça-feira (28), Melissa era o furacão mais potente em 90 anos a tocar o solo, de acordo com uma análise da AFP com base em dados meteorológicos da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Melissa chegou a Cuba nesta quarta-feira (29), após atingir a Jamaica na terça-feira como um furacão de categoria 5, com ventos sustentados de cerca de 300 km/h.
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O furacão do Dia do Trabalho devastou as Florida Keys em 1935 com ventos também próximos a 300 km/h e uma pressão atmosférica de 892 milibares.
Furacões são tempestades tropicais que ocorrem no Atlântico norte e no nordeste do Pacífico.
Se incluir os tufões (noroeste do Pacífico) e os ciclones (oceano Índico e sul do Pacífico), apenas a tempestade Goni, que atingiu as Filipinas em 2020, teve ventos mais fortes e pressão mais baixa do que Melissa perto de terra firme.
No entanto, os dados da NOAA não especificam se Goni manteve essa intensidade no exato momento em que atingiu o arquipélago.
Desde que a NOAA começou a registrar dados em 1842, o furacão Patricia, que se formou no Pacífico antes de atingir o México em outubro de 2015, detém o recorde absoluto de ventos mais fortes, com 343 km/h, empatado com o tufão Nancy de 1961.
Mas os recordes foram estabelecidos em mar aberto e ambas as tempestades atingiram a costa com menor intensidade.
O tufão Mawar, em 2023, foi mais intenso que Melissa em termos de vento e pressão, mas também distante da costa. Sua pressão caiu para 891 mb, enquanto seus ventos sustentados (a média das velocidades do vento em um minuto) ultrapassaram 305 km/h.
No Atlântico, Dorian, em 2019, atingiu as Bahamas com ventos comparáveis aos de Melissa e do furacão do Dia do Trabalho, mas sua pressão era mais alta, indicando uma tempestade menos intensa. Assim como Gilbert, que devastou a Jamaica em 1988, deixando 40 mortos e grandes danos materiais.
Melissa, a quinta tempestade tropical de categoria 5 do ano, superou o tufão Ragasa, que atingiu o leste asiático em setembro e era anteriormente considerado a tempestade mais poderosa de 2025, com ventos que chegaram a 267 km/h e uma pressão mínima de 910 mb.
O furacão Melissa foi rebaixado para a categoria 3 após atingir a Jamaica e antes de chegar a Cuba.
Segundo os cientistas, as mudanças climáticas causam eventos climáticos extremos mais frequentes e intensos em todo o mundo.














