Organizar a alimentação para trabalhar a favor do próprio corpo, e não contra ele. Essa é a lógica da chamada dieta “GLP-1 friendly”, conceito que vem ganhando espaço nas conversas sobre bem-estar e emagrecimento. Segundo o médico coloproctologista Danilo Munhóz, a proposta não envolve restrições extremas nem alimentos milagrosos, mas um padrão alimentar que estimula, de forma natural, a liberação de um hormônio essencial para o controle do apetite.
“O GLP-1 é um hormônio produzido pelo intestino sempre que a gente se alimenta. Ele atua como um sinal de saciedade, ajuda a reduzir a fome, desacelera a digestão e contribui para um melhor controle do açúcar no sangue”, explica o médico. Quando a alimentação favorece essa liberação, a tendência é sentir menos picos de fome ao longo do dia, beliscar menos e manter escolhas mais consistentes.
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Munhóz destaca que o interesse por esse tipo de estratégia cresce em um momento em que muitas pessoas buscam emagrecimento e controle do apetite. Ainda assim, ele reforça que a base mais segura continua sendo simples. “Em vez de depender apenas de soluções rápidas, o caminho mais sólido é usar o que o corpo já tem: comida de verdade, rotina e equilíbrio”, afirma.
Dieta GLP-1 friendly
Na prática, uma alimentação considerada GLP-1 friendly se apoia em três pilares principais: proteínas em todas as refeições, fibras de qualidade e gorduras boas em quantidades adequadas. Proteínas como ovos, peixes, frango, iogurte natural, queijos mais magros e leguminosas ajudam a prolongar a saciedade. Já as fibras, presentes em feijão, lentilha, grão-de-bico, aveia, frutas e vegetais, alimentam as bactérias benéficas do intestino, regulam a absorção do açúcar e favorecem o funcionamento intestinal.
As gorduras saudáveis, como azeite de oliva, abacate e castanhas, completam a refeição e ajudam a manter a sensação de satisfação por mais tempo. “Não é sobre excluir grupos alimentares, mas sobre montar refeições mais completas”, resume o médico.
Duas orientações fazem diferença no dia a dia. A primeira é aumentar o consumo de fibras de forma gradual e sempre com boa hidratação, para evitar gases e desconfortos. A segunda é priorizar a troca de ultraprocessados por refeições simples, o que já melhora de forma perceptível a saciedade e o controle glicêmico.
Munhóz ressalta ainda que pessoas com doenças intestinais, diabetes ou que utilizam medicações para controle da glicose ou emagrecimento devem buscar acompanhamento profissional. “A personalização é sempre o caminho mais seguro quando falamos de saúde intestinal e metabólica”, conclui.






















