Patrícia Sanches e Gabriel Rodrigues
RD News/Metrópoles
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Foto-RD News
Ogovernador de Mato Grosso Mauro Mendes (União) defende que o governo Lula (PT) seja muito cauteloso na reação ao tarifaço imposto pelos Estados Unidos por entender que o presidente americano Donald Trump não é previsível. “É muito lamentável que, nesse momento, um dos grandes assuntos do Brasil, talvez do mundo [seja a taxação]. O presidente Trump, todo mundo conhece, é meio louco, já fez coisas inimagináveis em termos de comércio internacional, mas é o presidente do maior país do planeta, a maior economia do planeta, e ele tem o direito e o dever de defender os interesses americanos”, opina o chefe do Executivo.
Para Mauro, o Brasil não pode ficar “batendo cabeça” e, neste momento de crise, é importante ter muita sabedoria para tocar as negociações. Após longa reunião com representantes de todos os setores afetados, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MIDC), Geraldo Alckmin, anunciou que o país buscará o diálogo com Trump para tentar reverter a tarifa de 50% imposta por Trump.
“Não estou aqui para dar conselho para ninguém não, mas tenha humildade, vá lá, não fica com piadinha”
Mauro MendesNesta quarta (16), Alckmin terá uma reunião com a Câmara de Comércio Americana (Amchan). Além disso, presidente Lula assinou o decreto que regulamenta a Lei de Reciprocidade Econômica, que estabelece critérios para suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por países ou blocos econômicos que impactem o Brasil.
“Tem que ter humildade, tem que ter competência, tem que saber o que fazer para não deixar prejudicar as exportações brasileiras, prejudicar o agronegócio, prejudicar os empregos e a atividade econômica aqui no país. É isso que eu espero, e não ficar colocando ideologias, ficar colocando interesses eleitorais de 2026 na frente dos interesses maiores da nação brasileira e de todos nós brasileiros”, diz Mauro. Em Mato Grosso, o setor mais afetado deve ser o da carne.
O governador acredita que o embate não trará nenhum benefício para o país e cita a China como exemplo. Mauro ressalta que o país tem a segunda maior economia do planeta e apenas a diplomacia está sanando a questão. “O Trump aumentou, o chinês aumentou. O Trump dobrava, o chinês dobrava. E foi indo até que o chinês falou, esse cara não vai ter fim. Parou e foi para a diplomacia que está conseguindo resolver os problemas. Não estou aqui para dar conselho para ninguém não, mas tenha humildade, vá lá, não fica com piadinha. É momento de seriedade e de ir para cima do problema e minimizar os efeitos para não prejudicar o Brasil e grande parte dos brasileiros”.