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Intolerância religiosa

Mãe de santo das celebridades perde conta com 2 milhões de seguidores

O perfil, que reunia quase 2 milhões de seguidores, foi derrubado após denúncias que, segundo a religiosa, configuram intolerância religiosa

 

Metrópoles 
Foto-Super Rádio Tupi

O perfil no Instagram de Mãe Michelly da Cigana, conhecida como a “mãe de santo das celebridades”, deverá ser reativado por determinação da Justiça gaúcha. A decisão liminar, concedida pela 1ª Vara Cível da Comarca de Alvorada, reconheceu a urgência do caso e determinou à empresa Meta o restabelecimento imediato da conta, sob pena de multa diária de R$ 200. 

O perfil, que reunia quase 2 milhões de seguidores, foi derrubado em 28 de junho deste ano, após denúncias que, segundo a defesa da religiosa, configuram intolerância religiosa. A plataforma justificou a suspensão alegando que a conta “não seguia os padrões da comunidade”. 

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Mesmo após uma primeira reativação, quatro dias depois a página foi novamente bloqueada, desta vez de forma definitiva. Desde então, a equipe de Michelly tentou, sem sucesso, resolver a situação por vias administrativas e jurídicas, até que a Justiça interveio com a medida liminar. Mesmo assim, a Meta, segundo ela, se recusa a reativar o perfil.

Notoriedade

Michelly da Silva Bernardes, conhecida como Mãe Michelly da Cigana, mantém em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre (RS), o Complexo Religioso Magia Cigana, onde realiza rituais e atendimentos espirituais que atraem tanto celebridades brasileiras quanto empresários internacionais e famílias europeias. 

A notoriedade de Michelly cresceu ainda mais em novembro de 2022, quando uma foto da estátua em homenagem a Belzebu, erguida na fachada de sua residência, viralizou no antigo Twitter. A imagem foi vista por milhões de usuários e se tornou um divisor de águas na trajetória da líder espiritual, impulsionando sua presença nas redes sociais e sua agenda de atendimentos.

Intolerância religiosa 

De acordo com Michelly, o perfil derrubado nunca publicou conteúdos que violassem regras da plataforma, tratando apenas de temas ligados à religião, bastidores de rituais e a rotina do complexo religioso. Para sua equipe, a queda da página reflete a intolerância religiosa que religiões de matriz africana e cultos ligados à quimbanda sofrem constantemente. 

“Infelizmente, nosso trabalho foi alvo de denúncias em massa movidas pelo preconceito. Não falamos de violência, não falamos de ódio. Falamos de fé”, afirmou a mãe de santo em nota enviada à reportagem.

O juiz responsável pelo caso reconheceu que a suspensão causava danos irreparáveis à imagem e ao trabalho da religiosa, que construiu ao longo de anos sua comunidade on-line. A liminar, portanto, busca garantir o direito constitucional à liberdade religiosa e de expressão.

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