O Conselho de Segurança da ONU realizará uma reunião de emergência nesta segunda-feira (22) para discutir as incursões russas no espaço aéreo da Estônia, informaram autoridades estonianas e da ONU no domingo (21).
Os caças permaneceram no local por 12 minutos antes de serem interceptados pela Otan, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Estônia e um porta-voz da aliança.
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O ministro das Relações Exteriores da Estônia, Margus Tsahkna, declarou em uma publicação no X no domingo (21) que as ações da Rússia "minam princípios vitais para a segurança de todos os Estados-membros da ONU".
"Quando tais ações são cometidas por um membro permanente do Conselho de Segurança, elas devem ser abordadas por esse mesmo órgão", escreveu Tsahkna.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores da Estônia, espera-se que o Conselho de Segurança discuta o que o ministério descreveu como uma "violação flagrante, imprudente e flagrante do espaço aéreo da Otan" e as "repetidas violações do direito internacional" pela Rússia.
O Ministério da Defesa russo negou que seus jatos tenham entrado no espaço aéreo estoniano, insistindo que os voos foram conduzidos "em estrita conformidade com as regras internacionais".
Essa negação foi repetida nesta segunda-feira (22) pelo porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, que afirmou que as acusações estavam aumentando as tensões.
Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, falou que a reunião de emergência está marcada para as 11h (horário de Brasília) desta segunda.
A Ucrânia também apresentou um pedido para participar da reunião do Conselho de Segurança e apresentar sua posição.
O pedido foi direcionado à República da Coreia, que detém a presidência rotativa do conselho.
"Pela primeira vez em 34 anos, a Estônia solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU", escreveu o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, no X. "Isso demonstra a escala sem precedentes das ameaças representadas pela Rússia agressiva à estabilidade da Europa."
