As condições climáticas registradas nas últimas semanas favoreceram, de forma geral, o desenvolvimento das pastagens no Rio Grande do Sul. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar na quinta-feira (25), a combinação de precipitações, temperaturas elevadas e maior incidência de radiação solar contribuiu para a recuperação do crescimento das espécies cultivadas e dos campos nativos em grande parte do Estado.
Segundo o levantamento, “a recomposição da umidade do solo possibilitou a retomada do crescimento das espécies e a rebrota do campo nativo”, ampliando as áreas aptas ao pastejo. No entanto, o documento aponta que, em algumas localidades, o estresse hídrico acumulado ainda limita a oferta de forragem, sobretudo em solos mais rasos.
✅ Clique aqui para seguir o canal do CliqueF5 no WhatsApp
✅ Clique aqui para entrar no grupo de whatsapp
Na região administrativa de Bagé, as pastagens anuais de verão apresentaram crescimento favorecido pela umidade do solo e pelas temperaturas elevadas. Os produtores aproveitaram a previsão de chuvas leves para realizar adubações nitrogenadas em áreas de milheto, capim-sudão e sorgo forrageiro. A Emater/RS-Ascar informa que “as áreas semeadas após as precipitações da primeira quinzena de novembro receberam pastejos”, enquanto as pastagens perenes implantadas entre setembro e outubro mantiveram desenvolvimento compatível com a época. Em São Gabriel, foi observada maior presença de capim-annoni em períodos prolongados de déficit hídrico, com crescimento superior ao das forrageiras cultivadas após o retorno das chuvas.
Na região de Caxias do Sul, o crescimento das pastagens ocorreu em ritmo regular, favorecido pela umidade do solo, temperaturas mais amenas pela manhã e maior aquecimento à tarde. Os pastejos avançaram nos campos nativos e nas pastagens perenes de verão, enquanto nas pastagens anuais ainda não há altura adequada para a entrada dos bovinos.
Nas regiões de Ijuí, Erechim e Passo Fundo, a Emater/RS-Ascar destaca que “as condições de umidade do solo e as temperaturas elevadas favoreceram a rebrota e o desenvolvimento das pastagens que receberam adubações de cobertura”, contribuindo para a manutenção da oferta de volumoso. Já nas regiões de Pelotas e Porto Alegre, apesar da retomada do crescimento após as chuvas, a oferta forrageira permanece limitada em função do estresse hídrico acumulado.
Em Santa Maria e Soledade, a elevação da umidade do solo intensificou a brotação das pastagens anuais e perenes, ampliando a disponibilidade de forragem aos animais. Na região de Santa Rosa, após as chuvas do início do período, houve recuperação dos campos nativos, porém foi registrada, em 18 de dezembro, perda de coloração das plantas em solos mais rasos, indicando nova condição de estresse hídrico. Ainda assim, nas áreas de pastagens cultivadas, a oferta de forragem aumentou, e as forrageiras perenes de verão apresentaram volume suficiente tanto para pastejo quanto para a produção de feno.


















