No terceiro episódio do F5 Podcast, a diretora-presidente do Projeto Mãe Cidinha, Creonice Pessoa, conversou com a jornalista Elaine Sampaio sobre a iniciativa que atende mais de 160 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em Primavera do Leste (MT).No terceiro episódio do F5 Podcast, a diretora-presidente do Projeto Mãe Cidinha, Creonice Pessoa, conversou com a jornalista Elaine Sampaio sobre a iniciativa que atende mais de 160 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social em Primavera do Leste (MT).
Durante a entrevista, Creonice compartilhou histórias de transformação, relatou os desafios enfrentados pela instituição e fez um apelo emocionado por mais apoio da sociedade.
Criado para combater a solidão infantil e o risco das ruas, o projeto atende crianças e adolescentes dos bairros Primavera 3, Padre Ernesto Costa e Boa Esperança. Por meio de oficinas de judô, capoeira, teatro, música e rodas de conversa, o Mãe Cidinha oferece não apenas atividades, mas desenvolvimento de habilidades e construção de sonhos.
“Não somos uma creche. Damos conhecimento e criamos oportunidades para que voem longe”, afirmou Creonice, que está à frente da instituição desde 2019. Casos como o de uma judoca que chegou à Seleção Brasileira e de uma ex-aluna que hoje ensina balé são exemplos do impacto do projeto.
Apesar das conquistas, a entidade enfrenta dificuldades financeiras. Cerca de 30% dos recursos são consumidos com o aluguel do espaço, comprometendo o pagamento de contas básicas e a alimentação das crianças no contraturno escolar.
“Muitas delas só têm uma refeição em casa. Aqui, garantimos duas”, relatou a diretora. O sonho da sede própria – em um terreno conquistado em 2019 – está parado por falta de recursos, o que impede a ampliação do atendimento.
A força da solidariedade é o que mantém o projeto vivo. Empresas doam alimentos, voluntários se engajam e a rede de apoio se fortalece com a participação da comunidade. Para ajudar, é possível: • Fazer doações via PIX; • Apadrinhar uma criança com contribuição mensal; • Participar da festa junina no dia 21 de junho, na Praça Dito Eletricista (toda a renda será revertida para o aluguel); • Oferecer trabalho voluntário.
Creonice se emociona ao lembrar de um menino que chorou ao ganhar seu primeiro brinquedo novo: “O Mãe Cidinha é uma missão, não um trabalho. Precisamos que a sociedade nos enxergue de perto. Só assim entenderá que estamos plantando futuros.”