O ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) alertou para a necessidade de termelétricas para atender a demanda crescente de energia nos próximos cinco anos.
Diante disso, o ONS avalia retorno do horário de verão diante de risco de déficit de potência energética no horário de pico entre 2025 e 2029. O alerta para o agravamento da capacidade de atendimento no período de maior consumo de eletricidade pelos próximos 4 anos foi manifestado nesta terça-feira (8) pelo diretor de Planejamento do ONS, Alexandre Zucarato.
Segundo informações do Plano da Operação Energética (PEN 2025), há estimativa de crescimento de 14,1% da carga de energia até 2029. Para atender à demanda crescente, especialmente nos horários de pico, o ONS recomenda maior flexibilidade de fontes convencionais, como investimentos em hidrelétricas, e cita até o horário de verão como possibilidade para atenuar a falta de oferta.
A necessidade de preparar o sistema para "elevados montantes" de despacho termelétrico é observado a partir de outubro deste ano. Isso deve exigir disponibilidade plena da geração termelétrica, o que pode levar a um acionamento conjunto de redução da demanda.
Neste caso, o horário de verão contribuiria para menor pressão no sistema de energia, mas o ONS diz que a possibilidade não foi levada em consideração nos cenários preditivos por não haver perspectiva de disponibilidade no momento.
“Com o crescimento das fontes intermitentes, novos desafios também surgiram para a operação. Dessa forma, precisamos cada vez mais de flexibilidade no sistema, com fontes de energia controláveis, que nos atendam de forma rápida para termos o equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia, especialmente nos horários em que temos as chamadas rampas de carga. Isso é fundamental para garantir a segurança e a estabilidade do sistema elétrico brasileiro”, afirmou Marcio Rea, diretor-geral do ONS.