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O Jiu Tian, que significa “céu alto”, é uma espécie de ‘porta-drone’ militar e será capaz de lançar enxames de drones em larga escala em pleno voo, provavelmente surpreendendo as defesas inimigas devido ao seu volume e imprevisibilidade.
A ‘nave-mãe’ também pode transportar mísseis ar-ar de cruzeiro e médio alcance, como o PL-12E.
Sua capacidade de operar em grandes altitudes lhe confere uma vantagem contra a detecção por radar e muitos sistemas de defesa aérea terrestres. Isso coloca o Jiu Tian em uma nova classe de plataformas de armas aéreas de alta capacidade de sobrevivência.
Segundo a mídia chinesa, a nave-mãe é capaz de realizar tarefas de inteligência, vigilância e reconhecimento, bem como guerra eletrônica.
O aparelho possui envergadura de 25 metros, autonomia de voo de 12 horas e alcance de 7.000 quilômetros. Tem peso de decolagem de 16 toneladas e pode transportar até seis toneladas de carga útil, incluindo equipamentos de vigilância, munições ou veículos aéreos não tripulados.
O Jiu Tian deve fazer seu voo inaugural em junho, segundo a mídia estatal chinesa.
Evolução da frota chinesa
A China desenvolveu rapidamente uma frota de drones capaz de realizar operações estratégicas e de longo alcance. Anteriormente, o país já havia implantado modelos como os drones WZ-7 e TB-001 Scorpion em territórios disputados no Mar da China Meridional e perto de Taiwan.
O Jiu Tian sucede o teste anterior da China com o TP1000, o primeiro drone de carga não tripulado capaz de transportar mais de uma tonelada de mercadorias.
Essa evolução reflete a ambição de Pequim de rivalizar com o domínio dos EUA na guerra não tripulada, particularmente contra aparelhos como o RQ-4 Global Hawk e o MQ-9 Reaper.
No entanto, ao contrário de seus equivalentes americanos, a capacidade do Jiu Tian de lançar em enxames o diferencia. Nem o Global Hawk nem o Reaper têm capacidade para lançar centenas de drones simultaneamente.
À medida que a guerra por drones continua a remodelar a estratégia militar moderna, desde ataques de drones da Ucrânia contra blindados russos até ataques de longo alcance no interior do território inimigo, o lançamento do Jiu Tian destaca a intenção da China de estar na vanguarda da guerra aérea.