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Trans?

O boato sobre Brigitte Macron que motivou presidente da França a processar influencer

O presidente francês e a esposa dizem que pediram repetidamente uma retratação à popular teórica da conspiração

Mike Wendling - BBC News

Foto-UOL


O presidente francês, Emmanuel Macron, e a esposa Brigitte entraram com um processo por difamação contra a influenciadora de direita Candace Owens, que alega que a primeira-dama da França teria nascido homem.

A ação judicial, aberta na quarta-feira (23/07) no Estado americano de Delaware, afirma que Owens vem espalhando "ficções bizarras, difamatórias e absurdas".

Owens tem repetido regularmente as alegações em seu popular podcast e em canais de rede social e, em março de 2024, declarou que apostaria "toda sua reputação profissional" em sua crença de que a esposa de Macron "é de fato um homem".

Em um episódio de seu podcast lançado na quarta-feira, Owens manteve as alegações, e comentou sobre o processo: "Isso é simplesmente ridículo".

Owens provocou a primeira-dama francesa e descreveu o fato de ser processada por ela como uma "estratégia de relações públicas óbvia e desesperada".

Uma teoria da conspiração que circula há anos em espaços online marginais alega que Brigitte nasceu homem com o nome de Jean-Michel Trogneux, que pertence ao seu irmão.

Owens espalhou a teoria da conspiração para seu público, incluindo quase 7 milhões de seguidores no X (antigo Twitter). No início deste ano, ela lançou uma série de vídeos intitulada "Becoming Brigitte" ("Tornando-se Brigitte", em tradução livre).

Os Macron disseram em comunicado divulgado por seus advogados que haviam pedido repetidamente a Owens uma retratação, mas "finalmente concluíram que encaminhar a questão a um tribunal era o único caminho que restava para uma solução".

"A campanha de difamação de Owens foi claramente planejada para assediar e causar dor a nós e a nossas famílias, além de atrair atenção e notoriedade", diz a declaração.

"Demos a ela todas as oportunidades para voltar atrás nessas alegações, mas ela se recusou."

A ação judicial alega que Owens "desconsiderou todas as evidências confiáveis que refutavam sua alegação, em prol de dar espaço a conhecidos teóricos da conspiração e a difamadores comprovados".

Também acusa Owens de alegar falsamente que o presidente francês e a esposa são parentes de sangue, e que Emmanuel Macron foi colocado no cargo por um plano secreto da CIA, a agência de inteligência americana.

Owens trabalhou para organizações conservadoras, incluindo o grupo estudantil Turning Point e o veículo de mídia Daily Wire, antes de lançar seu podcast independente em 2024.

Desde então, ela espalhou rumores ou sugeriu que conspirações estariam por trás de questões como as vacinas contra covid-19, o Holocausto e os pousos na Lua.

O processo também cita as empresas de Owens sediadas em Delaware, e pede indenizações não especificadas.

De acordo com a legislação dos EUA, os Macron vão ter que provar "malícia real" — o que significa que a ré sabia que a informação era falsa, mas a publicou ou transmitiu mesmo assim.

Em setembro, um tribunal francês considerou duas mulheres culpadas de difamação por espalharem alegações falsas sobre Brigitte Macron. No entanto, esta decisão foi anulada em recurso no início deste mês, de acordo com a imprensa local.

Owens é casada com George Farmer, um empresário britânico-americano, filho de Michael Farmer, membro da Câmara dos Lordes - a câmara alta do parlamento do Reino Unido - e ex-tesoureiro do Partido Conservador, que se distanciou de algumas das opiniões da nora.

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