Terra
Foto-BBC
Após atacar a cidade de Sweida, de maioria drusa, no sul da Síria na última terça-feira (15), Israel anunciou nesta quarta (16) que irá intensificar o número de militares na fronteira com Damasco caso o governo de Ahmed al-Sharaa (Al-Jolani) não retire suas forças do local.
"Com base na avaliação da situação, [o exército israelense] decidiu reforçar suas tropas na área da fronteira síria", diz comunicado.
Ainda segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), dezenas de civis drusos do país árabe tentaram entrar em território judeu por meio da cidade drusa de Hader, na Síria, forçando os militares de Benjamin Netanyahu a lançarem gás lacrimogêneo contra a multidão "invasora".
Ao mesmo tempo, pessoas do mesmo grupo etnorreligioso provenientes do território israelense romperam a barreira na cidade drusa de Majdal Shams e entraram no país sírio, afirmam as IDF.
Por outro lado, Al-Sharaa emitiu um comunicado onde afirma que irá punir "quem violar as leis do Estado sírio", que tem como "prioridade máxima assegurar a segurança e a estabilidade em cada ângulo do país".
Desde sexta-feira (11), Sweida vive uma onda de confrontos envolvendo as forças do governo sírio e seus aliados beduínos contra os drusos, uma minoria xiita dentro do país sunita, matando mais de 135 pessoas entre civis e combatentes dos dois lados.
Em meio ao caos, ontem Israel ordenou ataques contra as forças da Síria para proteger a minoria religiosa drusa na província de Sweida e desmilitarizar a região na fronteira entre os dois países.