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Juros de longo prazo

Interferência de Trump abalaria solidez do Fed como instituição de referência internacional

Antonio Corrêa de Lacerda, explica que os efeitos da tentativa de intervenção de Trump junto ao Fed já causa impacto direto nos juros de longo prazo

Por 
Redação-CBN  
Foto-CBN-Globo
 

O economista e professor convidado da Fundação Dom Cabral, Antonio Corrêa de Lacerda, em entrevista aos âncoras Mílton Jung e Cássia Godoy no Jornal da CBN, fala sobre a ameaça de Trump de demitir a diretora do Fed. Lisa Cook diz que não vai renunciar ao cargo e que vai contestar na Justiça. Antonio Corrêa de Lacerda explica que os efeitos da tentativa de intervenção de Trump junto ao Fed já causa impacto direto nos juros de longo prazo: 

"Para além disso, quer dizer, outros impactos previstos é uma inflação mais alta, evidentemente, se isso de fato vier a ocorrer, se ele conseguir fazer uma interferência direta no FED e também uma redução, mesmo que artificial, das taxas de juros de curto prazo, aquela que o Banco Central tem uma influência muito maior". 

O economista cita que, se de fato, a intervenção Trump se concretizar, isso vai gerar uma incerteza maior nos mercados da principal economia, em termos financeiros principalmente, do mundo: 

"O Fed tem essa tradição de independência, de critérios muito mais técnicos do que políticos, e uma interferência direta do Trump na nomeação dos diretores ou nas decisões do Fed abalaria essa confiança, essa solidez do Banco Central norte-americano como uma instituição de referência internacional". 

Antonio Corrêa de Lacerda destaca que todos os mercados hoje estão interligados com a globalização e toda a mudança que há no mercado norte-americano, que é o mais relevante, influencia os demais. No entanto, ele detalha que uma possível queda de juros nos EUA, em tese, torna a economia brasileira mais competitiva:

"Há, no entanto, apesar desse desconforto de curto prazo, de curtíssimo prazo, quanto ao comportamento das taxas de juros e câmbio nos Estados Unidos, aspectos que poderão ser favoráveis olhando do ponto de vista da economia brasileira. Por exemplo, uma queda na taxa de juros nos Estados Unidos, se ela de fato vier a ocorrer e tudo indica que sim, a incerteza é quanto ao ritmo. Isso, em tese, torna a nossa economia mais competitiva, para atrair mais fluxos de capitais. Então isso seria, olhando isoladamente, um aspecto positivo". 

O economista completa dizendo que o conjunto da obra da política econômica do Trump tem sido muito significativa nos impactos para a economia internacional, inclusive o Brasil. 

 

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