Saúde de excelência, educação de qualidade, um amplo mercado de trabalho, um sentimento de acolhimento -- e, para quem aprecia, uma famosa coxinha generosa no recheio. Moradores de Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, falaram ao g1 sobre alguns dos motivos pelos quais a cidade é considerada a melhor em qualidade de vida do Brasil.
Com 4.797 habitantes, conforme o dado mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o segundo ano consecutivo que a cidade alcança o topo do ranking do Índice de Progresso Social, o IPS Brasil 2025.
Em pesquisa divulgada em maio, Gavião obteve pontuação de 73,6 em uma escala de 0 a 100, considerando 57 indicadores sociais e ambientais, comparados aos de 5.570 municípios brasileiros. Esse índice é separado em três grupos principais. São eles:
- Necessidades Humanas Básicas: avalia se o brasileiro tem acesso à comida, saúde, moradia, segurança.
- Fundamentos do Bem-Estar: analisa acesso à educação fundamental, vida saudável, contato com a natureza.
- Oportunidades: analisa os dados a respeito de direitos individuais e acesso ao ensino superior.
Diferentemente de Gavião Peixoto, as dez cidades com pior qualidade de vida do Brasil estão localizadas na região da Amazônia Legal. O município com o pior índice é Uiramutã, em Roraima, que registrou apenas 37,59 pontos no ranking. A cidade tem a maior população indígena do país e também a população mais jovem.
Evasão escolar nula e sem fila de espera para vagas
A qualidade da educação dos filhos e o sossego de morar em uma cidade pequena são os fatores que atraíram a babá Priscila da Silva Pereira, de 23 anos, para o município. Há um ano, ela decidiu se mudar de Salvador (BA) com o marido e dois filhos pequenos, de 3 e 6 anos.
“Escolhi vir pra cá porque minha prima falava muito bem dessa cidade e eu não acreditava que era isso tudo, mas vim e vi ser realmente é tudo isso e muito mais. É uma cidade muito boa também por conta da saúde e educação, que é de excelência, e isso não tive lá em Salvador, para meus filhos. A educação aqui é maravilhosa. É aqui que quero ficar e pretendo criar meus filhos”, contou.
O último levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre educação apontou que 98,7% das crianças e dos jovens entre 6 e 14 anos estavam matriculados em escolas da cidade. O município conta com duas escolas municipais de educação infantil, uma de ensino fundamental (anos iniciais) e outra de ensino fundamental (anos finais).
Segundo a prefeitura, a evasão escolar é praticamente nula. “Continuamos com o mesmo porcentual de matrícula na rede municipal de ensino (98,7%). E não temos fila de espera nas escolas”, disse a assessoria.