Ex-jogadores e membros da comissão técnica do Operário Várzea-grandense denunciaram, nesta segunda-feira (11), que ainda não receberam parte da premiação prometida pela classificação histórica à segunda fase da Copa do Brasil 2025, conquistada com a vitória sobre o Sport Recife em 25 de fevereiro.
Segundo os profissionais, a diretoria teria prometido verbalmente o pagamento de R$ 12 mil a cada integrante do elenco como recompensa pela classificação, caso o time avançasse de fase. A denúncia foi compartilhada pelo site e canal Na Coruja.
A classificação histórica do clube à segunda fase da Copa do Brasil 2025, nos pênaltis contra o Sport, em fevereiro, garantiu ao clube um total de R$ 1,83 milhão em um repasse feito pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Mas, segundo os envolvidos, o valor não foi revertido na premiação prometida a eles até agora.
O CEOV já iria receber pela participação na competição R$ 830 mil; com a classificação em cima do Sport, o time de VG garantiu mais R$ 1 milhão.
Após o fim do Campeonato Mato-grossense, os jogadores e membros da comissão técnica iniciaram a cobrança pela premiação prometida. No entanto, segundo relatos, a diretoria do Operário passou a se esquivar, alegando inicialmente que o valor ainda não havia sido repassado pela CBF.
Desconfiados, os próprios profissionais buscaram informações e confirmaram que o recurso já havia sido transferido à conta do clube. Ao confrontar a diretoria novamente, receberam uma nova justificativa: os valores estariam bloqueados por conta de uma suposta ação judicial de 1989. Porém, até o momento, nenhum documento foi apresentado para comprovar esse bloqueio.
Desde então, o contato entre os profissionais e a diretoria tornou-se escasso. Em muitos momentos, não há qualquer resposta — e, quando há, surgem apenas novas promessas de pagamento que não se concretizam. Quase quatro meses após a classificação histórica contra o Sport Recife, ninguém recebeu o valor prometido.
Diante do impasse e do descumprimento do acordo, os profissionais avaliam ingressar com uma ação judicial para garantir o recebimento da premiação de R$ 12 mil por atleta.
O presidente do CEOV, Roberto Campos, declarou ao repórter Claudinei Araújo, do DNA Esportivo, que de fato o repasse aos profissionais não foi feito.
“Os salários estão pagos. O que faltou foi o bônus da Copa do Brasil. E, devido à eliminação, ficaram algumas outras coisas que têm que ser resolvidas”, disse o presidente.
Em seguida, ele foi questionado se haveria uma possível data para o pagamento, mas informou que “não sabe” e declarou que é necessário “aguardar”.
O time masculino principal do CEOV não joga mais em 2025, a última partida do clube no ano foi a derrota para o Mixto Esporte Clube, no dia 29 de março, no Estadio Eurico Gaspar Dutra (Dutrinha), na disputa pelo terceiro lugar do Campeonato Mato-grossense.