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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou no domingo (4) que quer reconstruir e reabrir a famosa prisão de Alcatraz, localizada em uma ilha na Baía de São Francisco, na Califórnia.
A penitenciária, fechada desde 1963, é famosa por ter abrigado criminosos notórios, como os gângsters Al Capone e George “Machine Gun” Kelly, e por ser considerada “inescapável” devido às águas geladas e às fortes correntes do Oceano Pacífico que a cercam.
Em uma publicação na rede social Truth Social, Trump disse que a reabertura de Alcatraz, “substancialmente ampliado e reconstruído”, servirá para abrigar “os criminosos mais cruéis e violentos da América”.
“Quando éramos uma nação mais séria, no passado, não hesitávamos em prender os criminosos mais perigosos e mantê-los longe de qualquer pessoa que pudessem prejudicar. É assim que deve ser”, disse.
Ao retornar à Casa Branca após o fim de semana na Flórida, Trump disse a repórteres que a ideia surgiu de suas frustrações com “juízes radicalizados” que exigem devido processo legal para deportados, segundo a agência de notícias AP.
Infame prisão
Conhecida como “The Rock”, a prisão operou por 29 anos, de 1934 a 1963. Nesse tempo, 36 homens tentaram 14 fugas diferentes, mas quase todos foram recapturados ou não sobreviveram, segundo o FBI, a polícia federal dos EUA.
Os registros oficiais informam que nenhuma fuga bem-sucedida foi registrada, embora cinco prisioneiros sejam listados como “desaparecidos e presumivelmente afogados”. Um caso notável de fuga, envolvendo os presos John Anglin, Clarence Anglin e Frank Morris, chegou a inspirar um filme, intitulado “Fuga de Alcatraz” (1979), estrelado por Clint Eastwood.
A prisão foi fechada em 1963 devido aos altos custos operacionais, quase três vezes maiores que os de outras penitenciárias federais, e à infraestrutura precária, de acordo com o Departamento Federal de Prisões (BOP, na sigla em inglês).
Localizada em uma ilha, Alcatraz dependia de transporte por barco para tudo, desde a locomoção de alimentos até combustível, o que tornava a manutenção cara e complexa.
Hoje, o local um dos destinos turísticos mais populares de São Francisco, operada pelo Serviço Nacional de Parques e designada como Marco Histórico Nacional.