A valorização e a evolução da atividade de auditoria interna nos tribunais e conselhos que formam o Judiciário brasileiro, a discussão da qualidade e inovação de boas práticas e estudos de casos compartilhados, temas que levam à reflexão e a troca de experiência nortearam o segundo dia do 6º Fórum de Boas Práticas de Controle Interno e Auditoria do Poder Judiciário. Sediado pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o evento virtual, que ocorre de 21 a 23 de outubro, contou com palestras e apresentação de cases de outros tribunais, como forma de compartilhar conhecimento.
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"Consultoria - o que é, como fazer, quando não fazer" foi a primeira palestra ministrada por Rossana Guerra, membro do Conselho de Administração do Instituto de Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil) e Diocésio Sant'Ana, secretário de auditoria do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Defensora da consultoria já há algum tempo, Rossana Guerra disse que esse é um tema que tem crescido muito. Ela falou sobre a evolução dos conceitos de atividade da auditoria interna, que seguem as mudanças do mundo organizacional, falando sobre o ontem, o hoje o amanhã, o que fazer, o que não fazer, como o próprio tema da palestra propôs. Outro ponto foi quanto ao mito de que os auditores internos que atuam em consultoria não podem atuar em avaliação. "Pela regra, pela norma, os auditores internos podem sim prestar serviço de consultoria em relação às operações pelas quais tenham sido responsáveis. Existem algumas restrições que a própria IPPF destaca. Alguma outra restrição que a gente tem que atentar é quando não fazer é a que esta presente nas normas de atributo, ou seja, se não possuo habilidade ou competência necessárias não devo fazer o trabalho."
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Os benefícios da psicologia positiva nas relações humanas, a empatia e o olhar para o outro esteve dentro do contexto da palestra "Relação auditores x auditados - gestão de conflitos - psicologia organizacional aplicada", proferida pelo advogado Fernando Camargo, que trabalhou como auditor Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro por 14 anos.
Para ele, a psicologia positiva é fundamental, pois pessoas felizes trabalham mais, lidam melhor com a equipe. "Nos tribunais temos a lide que normalmente traz conexão negativa muito forte na instituição como um todo. Como implementar a psicologia positiva? Através de entender melhor a equipe, me colocar no lugar dele, criar conexão e empatia, atuar com técnicas da psicologia positiva, ter abertura pro novo. Trabalhar esses conceitos ajudam nos relacionamentos. Pessoas felizes tornam organizações mais felizes."
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De acordo com Wendel, transformar a auditoria é transformar a tríade do controle interno: pessoas, processos e tecnologia. "Se a gente pensa na auditoria do futuro só pela perspectiva de tecnologia, as nossas responsabilidades estão aumentando. E o que estamos fazendo com a perspectiva das pessoas, como estamos tratando as pessoas? Pessoas você lidera, recursos você controla. Se você trabalha processos e tecnologia, sem pessoas gera alienação e sistemas subutilizados que não atendem nossas necessidades. Se você trabalha tecnologia e pessoas, você gera o caos automatizado. Se você junta pessoas e processos, você tem frustação, ineficiência, lentidão. A gente tem o desafio de encontrar o equilíbrio e equilíbrio é a palavra do futuro. É preciso equilíbrio para entregar o valor às partes interessadas", afirmou.
Cases dos tribunais - o auditor interno do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) Daniel Rodrigo Dinelly Araújo apresentou a Consultoria de governança TRE-PA /Formalização da cadeia de valor.
O Projeto estratégico - governança dos colegiados temáticos no Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais teve como expositor o gerente do projeto, Olavo de Oliveira Dantas.
O fórum, que conta com a participação de duas intérpretes Da Língua Brasileira de Sinais (Libras), é transmitido ao vivo pelo canal do Youtube do TJMT @tjmtoficial e também pela plataforma Webex para os inscritos.
Para tornar o 6º Fórum de Boas Práticas de Controle Interno e Auditoria uma fonte de consulta sobre todas as edições, foi criado um hotsite, contendo informações sobre o Fórum, incluindo a origem do evento, depoimentos dos organizadores de cada edição e de servidores que compareceram a todas as edições, Programação, Galeria de Fotos, Banco de Boas Práticas, Biblioteca Virtual e a ficha de inscrição (acesse AQUI).
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Dani Cunha
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
Fonte: Tribunal de Justiça de MT