Atuação da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis (Derf), unidade responsável pela investigação de crimes patrimoniais, contra pessoas e também pelas ocorrências envolvendo tráfico de drogas levou à prisão 259 pessoas, ao longo deste ano, em diferentes apurações criminais no município.
Mesmo diante da pandemia do coronavírus, que afetou a vida de milhões de pessoas e causou o afastamento de inúmeros servidores infectados com a doença ou daqueles que pertenciam ao grupo de risco para a covid, a unidade policial não deixou de atuar na repressão aos crimes de roubos, furtos, associação criminosa e tráfico de drogas, entre outros. Dentro da produtividade do trabalho policial, a delegacia trabalhou com 1.285 inquéritos criminais, entre instaurados e concluídos.
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O trabalho das equipes da unidade, fruto de 125 ações policiais realizadas ao longo de 2020, refletiu também na apreensão de 150 quilos de diversos tipos de drogas, 19 armas de fogo e recuperação de 63 veículos.
O delegado Vinícius Franciscon Prezoto, titular da Derf de Rondonópolis, destaca o empenho de toda a equipe da unidade que não mediu esforços no combate aos crimes cometidos no município, dando respostas à sociedade e atuando na repressão especializada.
Apenas no primeiro semestre deste ano, período de maior restrição em relação às medidas sanitárias adotadas em relação à contaminação pelo coronavírus, 100 pessoas foram presas em ações de combate ao tráfico de drogas. "Toda a equipe da Derf, mesmo com as dificuldades apresentadas a partir do início de março em razão da pandemia, permaneceu atuando na missão e no fortalecimento da segurança pública na região", frisou o delegado.
Operações
Um dos destaques nas investigações realizadas em 2020 pela Derf de Rondonópolis foi a Operação Rouge, deflagrada em novembro para reprimir crimes e desarticular o grupo que atua na região com tráfico de drogas e diversos outros crimes associados. O inquérito da operação foi concluído com o indiciamento de 24 pessoas que integram uma facção criminosa que atua no município.
As investigações da Rouge foram um desdobramento de outra operação, a Redtus, realizada pela Polícia Civil em 2019 em Rondonópolis, para investigar a organização criminosa responsável pelo tráfico de drogas e crimes como associação para o tráfico e tortura, e também coletar provas para robustecer inquéritos instaurados pela delegacia especializada sobre a atuação do grupo.
De acordo com um dos delegados responsáveis pela operação, Santiago Rozendo Sanches, a organização investigada é responsável por significativa parcela de crimes praticados na cidade."Essa operação foi mais uma resposta estatal à atuação do crime organizado, quando 66 pessoas foram presas em 2019 em outra investigação por integrar a organização criminosa. O grupo dominou o tráfico em Rondonópolis atuando com a divisão de tarefas determinadas a cada integrante, desde o gerente até os soldados da facção, tabelamento de preço de drogas e imposição de punições àqueles que descumpriam as regras determinadas pela organização criminosa", explicou o delegado.
Falsos respiradores
Em outra investigação sobre crime de estelionato contra a administração pública, a Derf de Rondonópolis apurou a venda fraudulenta de respiradores pulmonares à Prefeitura de Rondonópolis. Duas pessoas foram indiciadas por estelionato majorado (aumento de pena quando praticado contra a administração pública) e crime contra as relações de consumo. Um dos indiciados foi preso preventivamente, quando. Em razão das investigações, a Polícia Civil conseguiu recuperar mais de R$ 3 milhões dos valores gastos pela Prefeitura de Rondonópolis com a compra dos equipamentos falsos.
As investigações identificaram que o suspeito, cuja empresa supostamente existia no estado do Tocantins, adquiriu monitores cardíacos pelo valor de R$ 10 mil, equipamento de valor muito inferior ao de um respirador pulmonar, e adulterou o produto para dar aparência de ventiladores e revendeu à Prefeitura de Rondonópolis pelo valor de R$ 188 mil cada um dos 22 supostos respiradores. A Polícia Civil também apreendeu, além do bloqueio dos valores pagos pela prefeitura, bens do investigado.