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Chapeu

"Covardia não faz parte de meu dicionário", diz presidente da Câmara

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha é alvo de inquérito que investiga sua participação no "Petrolão"

José Antônio de Castro Leite Nogueira

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta segunda-feira, 27, sem citar a Operação Lava Jato, que não se intimidará por "acusações falsas". O peemedebista é alvo de investigação da Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Um inquérito foi aberto para investigar o suposto envolvimento do deputado na Lava Jato.

"A história não reserva lugar aos covardes. Covardia não faz parte do meu vocabulário", afirmou o presidente da Câmara durante um almoço em São Paulo, promovido pelo Lide - um grupo de empresários. 

Fazendo uma análise aos empresários, Cunha recapitulou sua crise com o governo e disse que "sem hegemonia eleitoral não se consegue hegemonia política". Sobre o resultado das eleições de 2014, o peemedebista disse que o resultado apertado, que não garantiu a hegemonia ao governo, "foi uma vitória".

Cunha acusou ainda o governo de "estimular a criação de partidos artificiais para tumultuar", em referência ao apoio de setores do governo à recriação do PL com o auxílio do ministro das Cidades, Gilberto Kassab (PSD). 

Ele afirmou que a maioria de seu partido é hoje favorável a um rompimento da aliança com o governo. Cunha lembrou que, na convenção peemedebista do ano passado 41% dos delegados votaram contra a aliança que alçou Michel Temer a vice na chapa de Dilma Rousseff. "A maioria no partido hoje tem opinião contrária à aliança", disse Cunha, que lembrou ainda que ele próprio votou a favor da aliança em 2014.

Ao falar sobre o cenário político, o peemedebista reforçou os ataques contra o PT e o governo. "A impopularidade do PT consegue ser maior do que a da própria presidente", afirmou. Cunha voltou a defender a redução de ministérios dizendo que isso teria um simbolismo de que "o esforço da crise está sendo compartilhado".

O peemedebista voltou a negar que, com sua atuação, esteja perseguindo uma candidatura a presidente. "Sou candidato a cumprir meu papel com correção", disse. O presidente da Câmara afirmou ainda que não tentou convencer companheiros de partido a também romperem com o governo. "Não telefonei a um integrante do partido pedindo que me acompanhasse no rompimento", garantiu.

Impeachment 

Cunha disse, também, que sua posição sobre a abertura de impeachment da presidente Dilma Rousseff "não mudou uma vírgula" e que todos os pedidos serão analisados de maneira técnica. "Impeachment não pode ser tratado como recurso eleitoral. Recurso eleitoral porque você não se satisfez não é a melhor maneira", defendeu o peemedebista.

O presidente da Câmara afirmou que o impeachment é "um processo complexo" e que tem de haver base para um pedido. Cunha disse que pediu que fosse feito um saneamento de premissas nos requerimentos recebidos. "Os que sanearem serão analisados sob a ótica jurídica. Os que tiverem fundamento terão acolhimento", afirmou.

Contas do governo

Cunha deu explicações sobre o processo de julgamento das contas do governo Dilma Rousseff pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e lembrou que o órgão foi criado para assessorar o Poder Legislativo. Segundo ele, o Congresso dará a palavra final sobre o parecer que será dado pelo Tribunal.

O presidente da Câmara reforçou que estava fazendo a explicação para que as pessoas "não se decepcionassem" com a tramitação do processo das contas no Legislativo. "As pessoas estão criando expectativa como se TCU condenasse o governo, não é isso. É um parecer. A palavra é do Congresso", disse o peemedebista.

Após o almoço, o peemedebista vai encontrar o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital (Diário do Poder).

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