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Artigos Segunda-feira, 26 de Outubro de 2015, 10:58 - A | A

Segunda-feira, 26 de Outubro de 2015, 10h:58 - A | A

APRENDENDO A AMAR

Saber amar verdadeiramente implica em antes abandonar toda insegurança que te faz ser rude ou tímido.

Milene Teixeira

 

“... todas as tentativas de amar estão fadadas a falhar se ele (o homem) não procurar, com o máximo de atividade, desenvolver sua personalidade total, de modo a conseguir uma orientação produtiva, convence-lo de que a satisfação do amor individual não pode ser atingida sem a capacidade de amar o próximo, sem verdadeira humildade, coragem, fé e disciplina.”

            Lendo estas palavras de Erich Fromm, psicanalista renomado mundialmente e especialista nos problemas do comportamento humano, percebemos porque tantas relações ditas amorosas estão constantemente fracassando. São relações de pessoas incompletas, buscando completar-se com o outro, no entanto, relações assim levam ao sofrimento, a um desequilíbrio entre as partes envolvidas, aquele sentido como que tem mais, e aquele que sente como que se tivesse menos, e ‘precisasse’ do outro para se preencher.

            Quem percebe estar vivendo uma relação desigual, ou sente que algumas ou todas suas relações amorosas estão insatisfatórias deve observar que Fromm fala de buscar desenvolver-se individual e plenamente, assim, antes de tudo, relações plenas são relações de duas pessoas inteiras, cada um se conhecendo, se valorizando, se respeitando, antes como individuo, depois como membro de um par.

            Ser um bom amante implica em antes abandonar toda insegurança que te faz ser rude ou tímido. É aprender que mais que amar uma ou duas pessoas, você deve aprender a amar e ter compaixão por toda humanidade.

            Fromm defende que o amor é uma aprendizagem, já que não nascemos sabendo amar, temos que aprender sobre o amor à medida que nos desenvolvemos, e a partir de nossas relações vinculares, ou seja, primeiramente com mãe e pai, depois com demais pessoas que estão a volta. Superar as falhas que possam ter ocorrido ao longo desse processo de aprender sobre o amor e que geralmente marca profundamente a autoestima individual, as vezes exige um exame minucioso dos sentimentos relacionados. Nenhum ser humano aceita resignado não ser amado! Profissionais que tratam do emocional observam todo tipo de luta se estabelecer em alguém que foi ferido em seu valor individual, pode ser raiva, depressão, sintomas em seu corpo físico, inadequação social, isolamento, agressividade, alcoolismo, compulsões, carência, timidez e muitas outras formas de emoções que podem expressar a dor daquele que sofre por falta de amor, ou por não saber como amar.

            E como se muda isso? Reavaliando as relações vinculares e como estão as relações de amor atuais, compreendendo que as vezes, aqueles que deveriam dar amor, também não sabiam amar e assim, mesmo sem querer, falharam neste processo. Aceitar que as falhas existiram, mas que nunca é tarde para aprender com “...verdadeira humildade, coragem, fé e disciplina” sobre e como o amor se manifesta.

            A cada novo dia temos a oportunidade de recomeçar, fazer diferente! Não desperdiçar esta chance é o que dá ânimo e força para continuar apesar de todas as dificuldades existentes no dia a dia. Descubra-se, persista, ame-se, e assim conquiste a possibilidade de viver o amor plenamente!

           

 

 

 

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