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Artigos Terça-feira, 11 de Agosto de 2015, 12:03 - A | A

Terça-feira, 11 de Agosto de 2015, 12h:03 - A | A

Educação

UM BOM FILHO HOJE OU UM FILHO BOM SEMPRE?

Escolha o que você prefere.

Milene Teixeira

 

Muitos pais vivem o conflito de não saber como educar os filhos. A infância destes remete os pais à vivência de sua própria infância e a tenderem a resolver os conflitos com os filhos da forma como seus pais faziam, ou repetindo a mesma atitude dos pais, ou agindo de forma oposta a eles.

Existem também as exigências da sociedade, que ‘moldou’ um parâmetro de criança bem educada, as carências e algumas vezes as neuroses dos pais, que insistem em ter um padrão de ‘filho ideal’. Assim, educam os filhos para se adequarem a suas necessidades, aquilo que consideram correto, e usam muitas vezes para isso, a educação baseada na ameaça, no ‘respeito ao mais velho’, na coerção, no medo. Desta forma, muitas vezes acabam conseguindo filhos ‘bem educados’ na sua frente, e se orgulham de terem um bom filho. No entanto, são estas crianças que se sentem inseguras, mal amadas e desamparadas, que se envolvem em dificuldades escolares, tanto se rebelando contra a disciplina, quanto não conseguindo se relacionarem bem com os demais.

Françoise Dolto foi uma das primeiras psicanalistas a defender que a educação da criança deve ser baseada na verdade, e no respeito a um igual. Acreditava que se deve tratar a criança como um ser humano igual a todos, como os pais tratariam outro adulto. Portanto, nos momentos de dificuldades, deve-se conversar com a criança, explicando o porquê daquela regra ou exigência, como o pai ou a mãe estão se sentindo naquele momento, e tentando nomear os sentimentos da criança, para ela ir desenvolvendo sua educação emocional e aprendendo a empatia e a identificação positiva com os outros.

É verdade que essa é uma tarefa muitas vezes árdua, especialmente em momentos de conflitos, mas ter um filho também é uma atividade que potencializa a inteligência!

Educar uma criança é um exercício diário de amor, de paciência, de calma, e também de repetição, pois educar para a vida exige que se saiba que talvez hoje o filho pode não se enquadrar num padrão de criança ideal, e não ser um bom filho aos olhos dos outros, mas ele será um filho muito bom, um adolescente que se sente amado e por isso é amoroso, um adulto bem resolvido e feliz! E não é isso que sonham todos os pais quando pegam nos braços seu pequeno recém nascido?

 

 

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