O vice-prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PL), fez um balanço franco sobre o primeiro ano de gestão, durante entrevista à imprensa nesta terça-feira (23). O gestor municipal admitiu a sua chapa foi eleita por um voto de protesto, e por isso, enfrenta forte cobrança por entregas, mas tem dificuldades devido ao orçamento.
Questionado sobre a insatisfação popular com a administração municipal, na na qual ele está à frente, junto a Flávia Moretti, também do PL, Zaeli adotou um tom realista. Segundo ele, o desgaste não é uma exclusividade local, mas um reflexo da escassez de recursos em todas as esferas de governo.
"As demandas são infinitas, causa-se uma frustração... não tem recurso para atender as demandas da sociedade. Gera-se uma expectativa positiva que acaba não se concluindo e, consequentemente, vem o desgaste", afirmou o vice-prefeito.
DISTANCIAMENTO DE DECISÕES
Apesar da defesa à gestão, Tião demonstrou um posicionamento estratégico ao comentar sobre as recentes movimentações da prefeita. A exemplo da nomeação de Silvio Fidelis como secretário de governo, sendo a 16ª substituição no secretariado, apenas no primeiro escalão.
Ele pontuou ser uma "escolha pessoal" da gestora, enfatizando que não houve sua interferência direta no ato.
Com relação a alta rotatividade no secretariado, Zaeli foi incisivo apenas sobre a pasta que acompanha de perto: a Educação. Ele confirmou que as duas trocas ocorridas na pasta foram motivadas pela falta de alinhamento com o projeto educacional que ele e a prefeita idealizaram.
Sobre outras crises, como a paralisação da coleta de lixo, que inclui imbróglios em contratos e pagamentos com a empresa Locar Ambiental, o vice-prefeito preferiu o silêncio.
"É uma pasta que eu não tenho nenhuma entrada, não opino".


















