O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), incluiu uma visita ao ministro Kassio Nunes Marques, do STF (Supremo Tribunal Federal), em sua ida a Brasília nesta terça-feira (28). Tarcísio, que também fará uma visita oficial ao novo presidente da Corte, Edson Fachin, busca uma reaproximação com o Supremo.
Mas seus aliados consideram que a visita deve ter um efeito colateral de distensionamento político e acenos ao centro político e à Corte após dois episódios que o afastaram do STF, nos quais foi criticado até mesmo por aliados.
O mais recente foi sua ausência na posse de Fachin, no dia 29 de setembro. Tarcísio usará o encontro de hoje, no início da noite, para esclarecer ao próprio Fachin que não foi ao evento porque o STF — no caso, o ministro Alexandre de Moraes — havia determinado aquela data como a possível para a visita dele ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
O governador pretende dizer a Fachin que a data foi agendada por Moraes antes da definição da cerimônia de posse e que, se não fosse por isso, teria comparecido ao evento. Também dirá que tinha uma agenda em São Paulo na manhã do mesmo dia, o que impediu que a visita a Bolsonaro fosse feita pela manhã.
Tarcísio, porém, não pretende tratar desse assunto com Fachin — a não ser que o próprio Fachin o coloque na mesa.
Na sua leitura, segundo o governador disse a aliados, a fala foi um gesto político necessário para sua base bolsonarista, do qual não se arrepende, porque o momento pedia um aceno mais incisivo a esse eleitorado.
