A sessão começou com o voto da ministra Cármen Lúcia. Ela rejeitou pedidos feitos pelas defesas dos réus para que alguns pontos do julgamento fossem revistos, como a competência do STF e da Primeira Turma para processar e julgar a causa e os questionamentos de que houve cerceamento de defesa ao longo do processo.
Depois, a ministra votou para aceitar a acusação contra todos os réus por organização criminosa, formando maioria para condená-los por esse crime.
Na terça-feira (9), os ministros deram início à fase de votação. O primeiro a se manifestar foi o relator Alexandre de Moraes, que votou a favor da condenação de todos os réus. Ele foi seguido por Flávio Dino.
Na quarta-feira (10), o ministro Luiz Fux abriu divergência. Em um voto de quase 12 horas, interrompido por quatro intervalos, ele defendeu a absolvição dos seguintes réus:
- Jair Bolsonaro;
- Almir Garnier;
- Paulo Sérgio Nogueira;
- Augusto Heleno;
- Anderson Torres;
- Alexandre Ramagem.
Contudo, Fux votou para aceitar a acusação contra o tenente-coronel Mauro Cid e o general Walter Braga Netto por um crime: tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. Com isso, há maioria de votos para condená-los por essas infrações.