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Política Quinta-feira, 14 de Agosto de 2025, 13:07 - A | A

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Suspeito de corrupção

Quem é a vice-prefeita que assume o comando de São Bernardo após afastamento do prefeito

Jéssica Cormick tem 38 anos e é sargento da PM desde 2005. Ela se afastou da corporação no ano passado e está no seu primeiro cargo público eletivo

Por Rodrigo Rodrigues, g1 SP — São Paulo
Foto-Jornal Nossa Cidade
 
A policial militar Jéssica Cormick, do Avante, é vice-prefeita de São Bernardo e vai assumir a prefeitura após afastamento de Marcelo Lima (Podemos). — Foto: Montagem/g1/Reprodução/Instagram

A policial militar Jéssica Cormick, do Avante, é vice-prefeita de São Bernardo e vai assumir a prefeitura após afastamento de Marcelo Lima (Podemos). — Foto: Montagem/g1/Reprodução/Instagram 

Com o afastamento pela Justiça do atual prefeito de São Bernardo do Campo, Marcelo Lima (Podemos), por suspeita de corrupção, a cidade vai ser comandada a partir desta quinta-feira (14) pela vice-prefeita, Jéssica Cormick, do Avante.

Jéssica tem 38 anos e é sargento da Polícia Militar de São Paulo desde 2005. Ela se afastou da corporação no ano passado, ao ser convidada pelo então deputado federal e candidato Marcelo Lima para ser vice na chapa dele.

Com a eleição da dupla em outubro de 2024, a PM assumiu em 1° de janeiro deste ano seu primeiro cargo público eletivo da vida. Antes disso, ela só tinha ocupado postos dentro da Polícia Militar, onde se especializou em Polícia Ostensiva e Preservação da Ordem Pública. 

Jéssica Cormick vai assumir a prefeitura após afastamento de Marcelo Lima — Foto: Reprodução/Instagram

Jéssica Cormick vai assumir a prefeitura após afastamento de Marcelo Lima — Foto: Reprodução/Instagram 

 

Segundo o site da prefeitura, Jéssica faz atualmente um curso de MBA em administração pública.

Ela é casada com o também sargento da PM Éder, que conheceu durante o trabalho no 6° Batalhão da PM da cidade, e mãe de uma menina, Rafaella, nascida em 2013.

A intenção de Lima em indicar uma PM mulher para vice era justamente o de fazer gestos de sinalização para os eleitores bolsonaristas da cidade. Marcelo Lima havia sido vice-prefeito de São Bernardo por dois mandatos na gestão de Orlando Morando (PSDB).

 
A policial militar Jéssica Cormick, do Avante, é vice-prefeita de São Bernardo e vai assumir a prefeitura após afastamento de Marcelo Lima (Podemos). — Foto: Reprodução/Instagram 

Marcelo Lima afastado 

Marcelo Lima foi afastado do cargo após uma operação da Polícia Federal nesta quinta que apura um suposto esquema de corrupção e lavagem de dinheiro.

O atual presidente da Câmara Municipal da cidade e primo do prefeito, vereador Danilo Lima Ramos (Podemos), também é alvo da polícia, assim como o suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB).

Procurada, a prefeitura afirmou que irá colaborar com a investigação. "A gestão municipal é a principal interessada para que tudo seja devidamente apurado. Reforçamos que o episódio não afeta os serviços na cidade", disse a gestão de Marcelo Lima. 

g1 também tenta localizar a defesa do vereador e do suplente.

A investigação começou após a polícia encontrar no mês passado R$ 14 milhões com um servidor apontado como o operador financeiro do prefeito. Segundo a PF, há indícios de corrupção e pagamento de propina para contratos com empresas nas áreas de obras, saúde e manutenção.

Prefeito de São Bernardo do Campo é alvo de operação da PF

Prefeito de São Bernardo do Campo é alvo de operação da PF

A polícia chegou a requerer a prisão de Lima, mas a Justiça negou o pedido. No entanto, determinou o afastamento dele do cargo por um ano e o uso de tornozeleira eletrônica, que será colocada logo após as buscas na casa dele.

O prefeito afastado Marcelo Lima (Podemos), ao lado do suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB); à direito, o presidente da Câmara Municipal, Danilo Lima (Podemos). — Foto: Montagem/g1/Reprodução/Redes Sociais

O prefeito afastado Marcelo Lima (Podemos), ao lado do suplente de vereador Ary José de Oliveira (PRTB); à direito, o presidente da Câmara Municipal, Danilo Lima (Podemos). — Foto: Montagem/g1/Reprodução/Redes Sociais

Apreensão de R$ 14 milhões

De acordo com a PF, a investigação começou no mês passado a partir da apreensão de R$ 14 milhões e US$ 500 mil em espécie na posse de um servidor público considerado o operador do esquema e que está foragido - há um mandado de prisão decretado contra ele.

Na época, o servidor, que se chama Paulo Iran e é auxiliar legislativo da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), não chegou a ser preso, mas os agentes se debruçaram na análise do celular dele e descobriram uma relação muito próxima e direta com o prefeito da cidade. 

Segundo a polícia, o servidor pagava contas do prefeito, da esposa e da filha dele. 

No dia 7 de julho, foram apreendidos R$ 12.278.920,00 e US$ 156.964,00 na casa do servidor, além de mais R$ 583.300,00 encontrados no interior de seu veículo. A reportagem tenta localizar a defesa dele.

Os envolvidos poderão responder por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva e corrupção ativa.

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal com servidor da Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande SP. — Foto: Divulgação/PF

Dinheiro apreendido pela Polícia Federal com servidor da Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande SP. — Foto: Divulgação/PF

 
Dinheiro apreendido pela Polícia Federal com servidor da Prefeitura de São Bernardo do Campo, na Grande SP. — Foto: Divulgação/PF

 

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