O prefeito Sandro Mabel (UB) anunciou que pretende expandir a aplicação de grama sintética em Goiânia. A medida, que começou em caráter experimental em canteiros da Avenida Castelo Branco e na 44, deve ser levada para outros pontos da cidade, inclusive em áreas de parques públicos onde hoje existem espaços sem uso. Segundo o prefeito, a escolha pela grama sintética é uma solução que alia economia, praticidade e funcionalidade.
Entre os argumentos usados por Mabel para defender o projeto estão a redução da poeira em locais movimentados, a menor necessidade de manutenção e a facilidade na drenagem da água da chuva. Ele disse ter medido a temperatura em áreas com grama sintética e comparado com a grama natural seca, concluindo que o material chega a ser até dois graus a menos.
Mabel assegurou que áreas verdes maiores, como no Vera Cruz ou Guanabara, não serão substituídas por grama sintética. A proposta é usar o recurso apenas em locais estratégicos e de difícil manutenção.O prefeito também destacou que a grama sintética pode melhorar o aproveitamento de espaços em parques, citando o Vaca Brava como exemplo.
A instalação de grama sintética em Goiânia começou na semana passada na Avenida Castelo Branco em trecho de cerca de 500 metros entre as praças Ciro Lisita e Walter Santos, no Setor Coimbra. Os servidores da Comurg também ampliaram a implementação da grama sintética Rua 44.
Ouvido pelo CBN Goiânia o conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO), o arquiteto e paisagista David Finotti explicou que com uma instalação inadequada, a grama sintética pode contribuir para um acúmulo de água pluvial no período chuvoso. Ele destacou que o sistema natural é mais prático e o objetivo deveria ser ampliar as áreas permeáveis da cidade, promovendo também uma vegetação natural e a arborização de Goiânia.