O Partido Liberal está montando uma espécie de “dossiê” regimental para tentar salvar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) da punição por faltas.
Pelas regras da Câmara, deputados não podem faltar a mais que 1/3 das sessões. O PL entende que essa contagem deveria levar em consideração apenas as sessões ordinárias e não as sessões extraordinárias. A mudança daria um ganho de tempo a Eduardo.
Na contagem com sessões extraordinárias, Eduardo já alcançou o número de faltas. Após mudanças no regimento, a Mesa Diretora da Casa tem convocado praticamente apenas sessões extraordinárias. Articuladores veem nisso uma brecha para contestação.
A estratégia regimental da bancada do PL deve ser apresentada na defesa do parlamentar. Eduardo já foi notificado e tem 10 dias para apresentar uma resposta. O próximo passo é a decisão da Mesa Diretora.
Apesar da tentativa, a perspectiva política de aliados não é de reversão da situação de Eduardo.
O mesmo argumento deve ser utilizado na situação da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que mesmo condenada foi livrada do processo de cassação pelo plenário da Câmara na quarta-feira (10).
No caso da parlamentar, se fossem levadas em consideração as sessões extraordinárias, o cálculo é de que ela perderia o mandato por falta em março de 2026. Caso o cálculo fosse feito apenas com sessões ordinárias, Zambelli conseguiria manter o mandato por mais tempo.
















