A decisão judicial que impôs o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gerou forte reação do prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL), e de sua esposa, a vereadora Samantha Íris (PL). Em vídeo postado nas redes sociais, na noite desta sexta-feira (18) no qual os dois aparecem juntos, Abílio classificou a medida como "ditadura, censura e perseguição aos opositores políticos".
"Essa situação com Bolsonaro é uma prova clara que só há revanchismo, perseguição política àqueles que se opõem ao governo atual. Não tem razão nenhuma, motivo algum, justificativa alguma para fazer o que estão fazendo com Bolsonaro", afirmou o prefeito. Para ele, essa postura "não é democracia" e demonstra que "o Brasil terá dias difíceis pela frente".
O prefeito estendeu suas críticas ao Poder Judiciário, em especial ao Supremo Tribunal Federal (STF), alegando que o caminho que está sendo tomado não visa pacificar o país, mas sim "agravar uma crise na economia" e "entre os poderes", prejudicando as relações com o Congresso e a população.
"Essa perseguição política vai agravar as situações e os ânimos da situação política e a instabilidade econômica e jurídica do nosso país. Um Estado democrático de direito não aceita esse tipo de postura e as coisas precisam mudar", completou Brunini.
Ele fez um apelo direto aos senadores de Mato Grosso, citando nominalmente Jayme Campos (UB) e Margareth Buzetti (PSD), para que se posicionem contra o que ele chamou de "autoritarismo" e "abuso de autoridade". O prefeito também expressou preocupação com os impactos da situação nacional na economia local e nas relações institucionais em Cuiabá.
"O que está acontecendo no país é a censura, é a perseguição e é o rompimento do Estado Democrático de Direito, perseguindo seus opositores, querendo ainda tirar o Bolsonaro de uma disputa eleitoral do qual ele tem total condição de disputar. Isso não vai acabar bem", alertou, reiterando seu apoio a Bolsonaro, Michele e Eduardo.
A vereadora Samantha Íris endossou as falas do marido, enfatizando que a perseguição política prejudica a imagem do Brasil internacionalmente, afetando a economia e a política de maneira geral, o que, segundo ela, "faz sofrer quem mais precisa". E finalizou com um chamado à união: "Contem com nossas orações principalmente. E o Brasil precisa de nós mais unidos do que nunca."