“Estão pensando que se prenderem Bolsonaro na covardia, ele vai estar fora do jogo eleitoral de 2026. Vai estar mais forte do que nunca! Façam reuniões, combinem, nenhum de vocês será nada sem Bolsonaro. Não esqueçam de Michelle Bolsonaro, a melhor avaliada depois do próprio Bolsonaro. Os urubus vão ficar com fome. Não vai ter carniça para eles!”, escreveu Malafaia, sem citar nomes.
Imediatamente, aliados espalharam a mensagem confessaram se tratar de um recado para os aliados. Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas vem afirmando que reverterá sua situação e será o candidato da direita em 2026. Quando fala em alternativas, geralmente cita reservadamente pessoas da própria família, com quem compartilha o sobrenome.
A direita tem uma constelação de pré-candidatos dispostos a assumir o lugar de Bolsonaro como protagonista desse grupo político. Até o momento, os governadores Ratinho Júnior (PSD-PR), Eduardo Leite (PSD-RS) e Ronaldo Caiado (União-GO) afirmaram que concorrerão à Presidência em 2026. Ainda há Tarcísio, que não assume candidatura, mas é visto como opção entre o bolsonarismo raiz e a Faria Lima.
Essa articulação tem irritado o PL e o entorno de Bolsonaro. Silas Malafaia é líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, uma das maiores congregações evangélicas do Brasil, e é visto como um dos mais fieis ao ex-presidente. Ele tem resistido aos acenos dos demais pré-candidatos da direita.
Enquanto isso, a ala do Centrão mais alinhada à oposição defende que os pré-candidatos coloquem seus blocos nas ruas. A intenção do grupo é testar a viabilidade de um candidato de direita, que não seja Bolsonaro, contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O PSD, União Brasil e PP, devem seguir discutindo até a última hora se se unirão contra o petista ou se manterão seus ministérios no governo federal.