O analista político João Edisom afirmou que o vice-prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli (PL), é mais bolsonarista que a prefeita Flávia Moretti (PL). O especialista avalia que o vice defende com muito mais força o discurso bolsonarista e destacou que, embora o relacionamento do vice com a prefeita esteja estremecido, foi Tião quem levou Flávia para o PL.
O vice articulou pessoalmente a filiação da prefeita ao partido e a acompanhou em Brasília, onde a apresentou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foi nesse encontro no gabinete que Jair que Flávia foi 'ungida' como candidata. "No começo da campanha, era ele quem punha a cara", reforçou o analista.
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João Edisom lembra que apesar do apoio do bolsonarismo, Flávia não adotou um discurso ideológico tão radical quanto outros nomes ligados ao movimento, como o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL). Ainda assim, a prefeita enfrenta queda de aprovação, da mesma forma que Abilio.
Para o analista, o vice-prefeito possui mais capilaridade política e mais força na Câmara do que a própria prefeita, algo determinante em um momento em que as câmaras municipais ganharam influência sobre orçamento e gestão.
João observa que esse domínio vem também do aprendizado com os erros do passado: "Aprendeu com aquilo que errou e hoje sabe lidar melhor".
Ele relembrou ainda um episódio marcante da instabilidade política da época: "Várzea Grande chegou a ter três prefeitos num único dia. Amanheceu com Murilo, ao meio-dia era o Tião e, no fim da tarde, o Maninho, presidente da Câmara. Só em Várzea Grande acontece um negócio desses".
Com o conflito exposto e a insatisfação crescente, João Edisom avalia que a disputa entre Flávia Moretti e Tião da Zaeli coloca a governabilidade em risco. Uma recomposição política seria necessária, mas, por ora, parece distante.
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