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Política Quinta-feira, 08 de Maio de 2025, 14:46 - A | A

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FACÇÕES

Governo brasileiro se nega a classificar PCC e Comando Vermelho como terroristas

Governo americano defende que designação facilitaria aplicação de sanções e combate ao crime transnacional

governo dos Estados Unidos solicitou ao Brasil que classifique as facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho) como organizações terroristas. A proposta, apresentada por representantes da administração Trump em reunião com autoridades brasileiras em Brasília, visa permitir a aplicação de sanções mais severas e reforçar o combate ao crime transnacional. O governo brasileiro, no entanto, rejeitou o pedido, argumentando que a legislação nacional não permite tal classificação para grupos cuja motivação principal é o lucro, e não ideológica ou religiosa.

Durante encontro realizado em Brasília, representantes do governo dos Estados Unidos, liderados por David Gamble, chefe interino da coordenação de sanções do Departamento de Estado, solicitaram que o Brasil classifique o PCC e o CV como organizações terroristas. Segundo os americanos, essa designação permitiria a aplicação de sanções econômicas mais rigorosas e facilitaria a cooperação internacional no combate ao crime organizado.

As autoridades norte-americanas alegam que as facções brasileiras têm presença em pelo menos 12 estados dos EUA, incluindo Nova York, Flórida e Nova Jersey, onde estariam envolvidas em atividades como tráfico de armas e lavagem de dinheiro. Além disso, afirmam que a classificação como terroristas permitiria ações mais eficazes para desmantelar as operações desses grupos.

O governo brasileiro, por sua vez, rejeitou o pedido, argumentando que, de acordo com a Lei Antiterrorismo (Lei nº 13.260/2016), o terrorismo é definido como atos motivados por razões ideológicas, religiosas ou de preconceito, o que não se aplica às facções mencionadas, cuja principal motivação é o lucro por meio de atividades ilícitas. Autoridades brasileiras também expressaram preocupação de que tal classificação pudesse ter implicações negativas, como sanções econômicas e impactos na imagem internacional do país.

 

 

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