Os descontos ilegais em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) levaram o governo de Luiz Inácio Lula da Silva a promover uma série de trocas na condução do Ministério da Previdência e no comando do próprio instituto.
O movimento levou à saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência na sexta-feira (2). Ele estava no comando da pasta desde o início da gestão petista e foi substituído pelo ex-secretário-executivo do ministério Wolney Queiroz.
Com a mudança mais expressiva, a intenção do Planalto agora se volta para uma resposta mais contundente à crise institucional, passando pelo ressarcimento de valores a aposentados e pensionistas.
A forma de devolução está em fase final de elaboração. Conforme indicou a AGU (Advocacia-Geral da União), o plano deve ser enviado à Casa Civil no início da próxima semana, mas ainda não há uma data prevista para início dos pagamentos.
Em outra frente, a instituição também se prepara para investigar a condução de agentes públicos, enquanto o INSS, agora presidido por Gilberto Waller Júnior, prevê adotar processos para punir as entidades que aplicaram golpes.
Troca em ministério e no INSS
Carlos Lupi foi o 9º ministro a sair do governo Lula desde o início da gestão, em 2023. Outros dois ministros ocuparam novos cargos no Executivo, dando um total de 11 trocas. A saída de Lupi veio após um período de incertezas e pressões ao Planalto para que ele deixasse o cargo.