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Política Segunda-feira, 18 de Agosto de 2025, 14:15 - A | A

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ENCONTRO COM ESTUDANTES  

Em Cuiabá, Barroso defende democracia e diz que Brasil vive plena liberdade de expressão  

Para Barroso, democracia exige convivência com opiniões divergentes e espaço para todos que respeitem as regras do jogo.

Conteúdo Hipernotícias
DA REDAÇÃO/ DO LOCAL

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (18), em Cuiabá, que é “impróprio e injusto” comparar o Brasil a uma ditadura. A declaração ocorreu durante a abertura do projeto “Diálogos com a Juventude”, realizado na Escola Estadual Liceu Cuiabano Maria de Arruda Müller.

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 Barroso durante palestra no auditório do Liceu. 

O ministro foi ovacionado ao chegar no auditório da escola e durante discurso e entrevista à imprensa ressaltou que a democracia se diferencia das ditaduras justamente pela liberdade de expressão, liberdade de participação política e de convivência com diferentes pensamentos.

“Ditaduras são regimes políticos em que há absoluta falta de liberdade, em que há tortura, em que há censura, há pessoas que estão condenadas compulsoriamente. Nada disso acontece no Brasil. Aqui há uma retórica que eu considero imprópria e injusta com quem viveu e enfrentou uma ditadura [...] Claro que você pode discordar de decisões do governo [...] vejo as críticas mais contundentes em relação ao governo, em relação ao Supremo, em relação ao Congresso Aqui há críticas ao governo, ao Supremo e ao Congresso. Em ditaduras não acontecem coisas assim.”, afirmou o ministro.

Segundo Barroso, a democracia exige diálogo constante e respeito às diferenças, sem a necessidade de desqualificar moralmente quem pensa diferente. Ele ainda destacou que conservadores, liberais e progressistas têm espaço no sistema democrático, desde que respeitem as regras do jogo.

“O direito das pessoas participarem em igualdade de condições, livremente, com liberdade de expressão, com liberdade de ir e vir, com liberdade de se reunirem. É simples assim a democracia. [...] Mas a democracia tem muitas complicações. Porque numa democracia ninguém é dono da verdade, ninguém tem um poder hegemônico. A gente tem que conversar, a gente tem que dialogar, a gente tem que convencer, a gente tem que conviver com gente que pensa totalmente diferente da gente. É isso que é uma democracia. Pensamento único só existe nas ditaduras.”, completou.

O ministro também reforçou a importância da educação básica como pilar para a formação da cidadania e disse sentir “muito prazer” em conversar com estudantes.

“O que procuro compartilhar com os estudantes é que a vida é plural, comporta críticas e elogios. Faço um discurso motivacional, é uma conversa muito crítica, que fala dos valores, de ser bom, de ter integridade, de ter idealismo, conhecimento, de ter um desejo positivo, de conversar com todo mundo.”, disse.

O evento contou com a presença do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), que também foi recebido por aplausos e euforia dos estudantes no teatro da escola.

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