A deputada licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que está na Itália desde que foi condenada à prisão pelo STF, enviou um requerimento oficial à Interpol para saber se é alvo de alerta internacional de captura.
No documento assinado por seu advogado, Fábio Pagnozzi, Zambelli solicita à Comissão de Controle dos Arquivos da Interpol acesso a informações sobre uma possível inclusão de seu nome em uma lista de procurados.
“Considerando as sérias alegações de perseguição política atualmente envolvendo a sra. Zambelli no Brasil, solicitamos formalmente acesso a qualquer informação ou documentação relacionada”, escreveu Pagnozzi.
A defesa da parlamentar argumenta que, segundo “reportagens nacionais e internacionais”, haveria uma solicitação da Polícia Federal para emissão de alerta, mas “nem a congressista nem seus advogados tiveram acesso aos documentos ou informações do processo”.
O requerimento cita ainda o Itamaraty como intermediário para pedidos de cooperação internacional. “Consultas já foram direcionadas ao Ministério das Relações Exteriores, no papel de intermediário para cooperação jurídica internacional e comunicações, mas nenhuma resposta oficial foi recebida até o momento”.
O nome de Zambelli não aparece na lista pública de procurados da Interpol, mas a organização pode manter registros sob sigilo. No formulário, a defesa informa que já questionou a chancelaria brasileira e não obteve resposta. O advogado destaca que o pedido é feito “no interesse da justiça e da garantia do contraditório”.
Zambelli foi condenada à pena de 10 anos de prisão em regime inicial fechado e à perda do mandato pelo STF por contratar um hacker para invadir o sistema de processos da Justiça brasileira.